Justiça argentina pede 4 anos de prisão para Menem por caso AMIA
Buenos Aires, 22 dez 2017 (AFP) - A Procuradoria argentina pediu nesta quinta-feira (21) uma pena de 4 anos de prisão para o ex-presidente Carlos Menem por acobertamento durante a investigação do atentado contra o centro judaico-argentino AMIA em 1994.
Os procuradores pediram a pena mais alta, de 13 anos, para o juiz Juan José Galeano, que ficou encarregado do caso.
A Justiça investigou os crimes de "acobertamento, peculato e privação ilegítima da liberdade" em um julgamento iniciado em 2015 para elucidar as manobras de desvio da investigação.
O atentado foi cometido em 18 de julho de 1994. Uma explosão derrubou o prédio que sediava a Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA), em uma zona comercial do centro de Buenos Aires, deixando 85 mortos e 300 feridos.
O ataque não foi reivindicado e a Justiça não estabeleceu quem o cometeu, mas a Argentina acusou formalmente o Irã de prepará-lo e executá-lo. Israel também acusa o Irã.
O ex-presidente de 87 anos, encurvado e com passos lentos, mas com o olhar firme, entrou na sala de audiências perto do final para escutar o pedido de condenação contra ele.
As outras principais figuras do julgamento eram o ex-chefe dos serviços de Inteligência Hugo Anzorreguy e o ex-líder da associação judaico-argentina Rubén Beraja, para quem a procuradoria pediu respectivamente 6 e 1 ano de prisão.
O veredicto sobre o caso será provavelmente proferido em março de 2018.
Durante o julgamento, Menem se negou a dar "detalhes" sob o argumento de que suas revelações "poderiam prejudicar os interesses da Nação e causar o rompimento da convivência pacífica" com outros países.
Já Galeano disse ser inocente e que "sempre buscou a verdade" para encontrar os culpados pelo atendado.
Durante o julgamento ficou provado que Galeano e Anzorreguy ofereceram 400 mil dólares ao vendedor de carros Carlos Telleldín para que acusasse quatro policiais.
O pagamento do suborno a Telleldín, apontado como o vendedor da caminhonete utilizada como carro-bomba no atentado, foi gravado por uma câmera e os policiais acabaram absolvidos.
Em 1992, a embaixada de Israel em Buenos Aires foi destruída em um atentado com explosivos, que deixou 29 mortos e cerca de 200 feridos. O caso não foi esclarecido.
Outro processo por encobrimento e "traição à pátria" corre na justiça argentina envolvendo a ex-presidente Cristina Kirchner e seu chanceler Héctor Timerman, no qual a ex-mandatária é acusada de aprovar no Parlamento um memorando com o Irã para encobrir o caso.
Os procuradores pediram a pena mais alta, de 13 anos, para o juiz Juan José Galeano, que ficou encarregado do caso.
A Justiça investigou os crimes de "acobertamento, peculato e privação ilegítima da liberdade" em um julgamento iniciado em 2015 para elucidar as manobras de desvio da investigação.
O atentado foi cometido em 18 de julho de 1994. Uma explosão derrubou o prédio que sediava a Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA), em uma zona comercial do centro de Buenos Aires, deixando 85 mortos e 300 feridos.
O ataque não foi reivindicado e a Justiça não estabeleceu quem o cometeu, mas a Argentina acusou formalmente o Irã de prepará-lo e executá-lo. Israel também acusa o Irã.
O ex-presidente de 87 anos, encurvado e com passos lentos, mas com o olhar firme, entrou na sala de audiências perto do final para escutar o pedido de condenação contra ele.
As outras principais figuras do julgamento eram o ex-chefe dos serviços de Inteligência Hugo Anzorreguy e o ex-líder da associação judaico-argentina Rubén Beraja, para quem a procuradoria pediu respectivamente 6 e 1 ano de prisão.
O veredicto sobre o caso será provavelmente proferido em março de 2018.
Durante o julgamento, Menem se negou a dar "detalhes" sob o argumento de que suas revelações "poderiam prejudicar os interesses da Nação e causar o rompimento da convivência pacífica" com outros países.
Já Galeano disse ser inocente e que "sempre buscou a verdade" para encontrar os culpados pelo atendado.
Durante o julgamento ficou provado que Galeano e Anzorreguy ofereceram 400 mil dólares ao vendedor de carros Carlos Telleldín para que acusasse quatro policiais.
O pagamento do suborno a Telleldín, apontado como o vendedor da caminhonete utilizada como carro-bomba no atentado, foi gravado por uma câmera e os policiais acabaram absolvidos.
Em 1992, a embaixada de Israel em Buenos Aires foi destruída em um atentado com explosivos, que deixou 29 mortos e cerca de 200 feridos. O caso não foi esclarecido.
Outro processo por encobrimento e "traição à pátria" corre na justiça argentina envolvendo a ex-presidente Cristina Kirchner e seu chanceler Héctor Timerman, no qual a ex-mandatária é acusada de aprovar no Parlamento um memorando com o Irã para encobrir o caso.
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