EUA reconhece reeleição de Hernández e define situação em Honduras
Washington, 22 dez 2017 (AFP) - Os Estados Unidos reconheceram nesta sexta-feira (22) a reeleição em Honduras do presidente Juan Orlando Hernández, o que levou o candidato da oposição, Salvador Nasralla, a desistir de sua luta pelo poder.
"Cumprimentamos o presidente Juan Orlando Hernández por sua vitória nas eleições presidenciais de 26 de novembro, conforme declarado pelo Tribunal Supremo Eleitoral de Honduras (TSE)", informou o Departamento de Estado em comunicado.
"Pedimos ao TSE que revise de forma transparente e completa qualquer pedido de impugnação apresentado pelos partidos políticos", acrescentou a porta-voz Heather Nauert, observando as "irregularidades" constatadas por observadores da Organização dos Estados Americanos (OEA) e da União Europeia (UE).
Diante da posição de Washington, Nasralla declarou à TV hondurenha que "com a decisão dos Estados Unidos eu saio de cena".
Nasralla assinalou que o reconhecimento de Hernández "foi um precedente imposto por eles", em referência aos Estados Unidos, porque "têm muito medo dos governos de esquerda".
Segundo o candidato opositor, a partir da declaração de Washington fica "destruída" a aliança de oposição liderada pelo presidente Manuel Zelaya, que havia convocado a população a protestar nas ruas contra o "roubo" nas eleições.
O TSE declarou no último domingo Hernández o vencedor das eleições após três semanas de atrasos, incerteza, acusações da oposição de "fraude monumental" e violentas manifestações nas ruas, que deixaram pelo menos 12 mortos, segundo especialistas da ONU e da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).
Nesta sexta-feira, o país retomava a calma, após quatro semanas de caos, apesar de alguns manifestantes da Aliança de Oposição Contra a Ditadura terem tentado em três ocasiões bloquear a capital.
Todas as tentativas foram frustradas pela polícia, que dispersou os manifestantes.
O Departamento de Estado americano reiterou seu apelo a todos os hondurenhos para se absterem da violência e pediu ao governo que garanta que as forças de segurança respeitem os direitos dos manifestantes pacíficos.
"Os resultados das eleições, as irregularidades identificadas pela OEA e pela missão de observação eleitoral da UE e as fortes reações dos hondurenhos em todo o espectro político evidenciam a necessidade de um sólido diálogo nacional", afirmou Nauert.
Hernández iniciou na quarta-feira um diálogo com diferentes setores da sociedade para tentar restabelecer a paz e, na quinta-feira, reafirmou seu convite aos opositores para conversarem.
Mais de 3.000 pessoas foram às ruas na quinta-feira para protestar em frente à embaixada americana em Tegucigalpa.
Nasralla, que viajou esta semana para Washington para reunir-se com o secretário-geral da OEA, Luis Almagro, e com funcionários do Departamento de Estado para apresentar provas da fraude eleitoral, destacou nesta sexta-feira que ainda aguarda o resultado da ação da OEA e da proposta de Almagro para se repetir as eleições.
Legisladores americanos questionaram na quinta-feira a administração Trump por sua "inadequada" resposta à crise pós-eleitoral em Honduras e expressaram apoio à proposta do secretário-geral da OEA de organizar novas eleições.
Os congressistas recordaram que a estabilidade em Honduras, assim como em outros países da América Central, é "de interesse nacional" para os Estados Unidos, cujos contribuintes investiram milhões de dólares em programas de assistência na região.
"Cumprimentamos o presidente Juan Orlando Hernández por sua vitória nas eleições presidenciais de 26 de novembro, conforme declarado pelo Tribunal Supremo Eleitoral de Honduras (TSE)", informou o Departamento de Estado em comunicado.
"Pedimos ao TSE que revise de forma transparente e completa qualquer pedido de impugnação apresentado pelos partidos políticos", acrescentou a porta-voz Heather Nauert, observando as "irregularidades" constatadas por observadores da Organização dos Estados Americanos (OEA) e da União Europeia (UE).
Diante da posição de Washington, Nasralla declarou à TV hondurenha que "com a decisão dos Estados Unidos eu saio de cena".
Nasralla assinalou que o reconhecimento de Hernández "foi um precedente imposto por eles", em referência aos Estados Unidos, porque "têm muito medo dos governos de esquerda".
Segundo o candidato opositor, a partir da declaração de Washington fica "destruída" a aliança de oposição liderada pelo presidente Manuel Zelaya, que havia convocado a população a protestar nas ruas contra o "roubo" nas eleições.
O TSE declarou no último domingo Hernández o vencedor das eleições após três semanas de atrasos, incerteza, acusações da oposição de "fraude monumental" e violentas manifestações nas ruas, que deixaram pelo menos 12 mortos, segundo especialistas da ONU e da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).
Nesta sexta-feira, o país retomava a calma, após quatro semanas de caos, apesar de alguns manifestantes da Aliança de Oposição Contra a Ditadura terem tentado em três ocasiões bloquear a capital.
Todas as tentativas foram frustradas pela polícia, que dispersou os manifestantes.
O Departamento de Estado americano reiterou seu apelo a todos os hondurenhos para se absterem da violência e pediu ao governo que garanta que as forças de segurança respeitem os direitos dos manifestantes pacíficos.
"Os resultados das eleições, as irregularidades identificadas pela OEA e pela missão de observação eleitoral da UE e as fortes reações dos hondurenhos em todo o espectro político evidenciam a necessidade de um sólido diálogo nacional", afirmou Nauert.
Hernández iniciou na quarta-feira um diálogo com diferentes setores da sociedade para tentar restabelecer a paz e, na quinta-feira, reafirmou seu convite aos opositores para conversarem.
Mais de 3.000 pessoas foram às ruas na quinta-feira para protestar em frente à embaixada americana em Tegucigalpa.
Nasralla, que viajou esta semana para Washington para reunir-se com o secretário-geral da OEA, Luis Almagro, e com funcionários do Departamento de Estado para apresentar provas da fraude eleitoral, destacou nesta sexta-feira que ainda aguarda o resultado da ação da OEA e da proposta de Almagro para se repetir as eleições.
Legisladores americanos questionaram na quinta-feira a administração Trump por sua "inadequada" resposta à crise pós-eleitoral em Honduras e expressaram apoio à proposta do secretário-geral da OEA de organizar novas eleições.
Os congressistas recordaram que a estabilidade em Honduras, assim como em outros países da América Central, é "de interesse nacional" para os Estados Unidos, cujos contribuintes investiram milhões de dólares em programas de assistência na região.
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