Venezuela liberta 36 opositores de grupo de 80 na véspera de Natal
Caracas, 24 dez 2017 (AFP) - Entre o sábado (23) e este domingo (24), o governo venezuelano libertou 36 opositores dos mais de 80 que serão soltos por ocasião do Natal, seguindo a recomendação da Assembleia Nacional Constituinte.
"Já somam 36 o número de prisioneiros políticos libertados entre ontem e hoje", afirmou o diretor da ONG Foro Penal, Alfredo Romero, em sua conta no Twitter.
No sábado, a presidente da Constituinte, Delcy Rodríguez, anunciou em entrevista coletiva que foi dada a "recomendação do benefício para mais de 80 pessoas. São recomendações que já são de conhecimento dos diferentes órgãos do sistema de Justiça Penal, assim como do presidente (...), e esperamos que se torne efetiva nas próximas horas".
Um primeiro grupo começou a ser libertado ontem à noite.
Os mais de 80 opositores que se beneficiaram das medidas alternativas de privação de liberdade participaram de protestos contra o presidente Nicolás Maduro que deixaram 43 mortos em 2014 e outros 125 mortos este ano.
Segundo Rodríguez, que também lidera a chamada Comissão da Verdade, os beneficiados são processados, ou condenados, "tanto na jurisdição civil quanto militar". Entre as "fórmulas alternativas à privação de liberdade" propostas, está o trabalho comunitário.
A presidente da Assembleia garantiu ainda que quem for agraciado deverá se apresentar à Comissão nos próximos dias "como um sentido pedagógico, da cultura de paz e de tolerância".
Entre os mais emblemáticos está o prefeito de Irribarren (Barquisimeto, estado de Lara), Alfredo Ramos, detido no final de julho e condenado a 15 meses de prisão, e vários policiais do município de Chacao (leste), reduto da oposição em Caracas.
"Estou feliz com a liberdade, estou com a minha família que (...) foi de grande apoio. Foi uma prisão arbitrária, injusta, não cometi nenhum crime", declarou Ramos a jornalistas.
- Sucesso do diálogo? -A situação dos políticos detidos faz parte das negociações entre o governo e a opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) na República Dominicana para resolver a grave crise política e econômica do país. A terceira rodada acontece em 11 e 12 de janeiro.
A MUD celebrou a libertação de "presos políticos", ressaltando que "nunca deveriam ter ficado privados de liberdade".
"Trabalhar para reconstruir o país arruinado pelo governo não é um crime", tuitou a MUD.
As solturas são "a primeira conquista clara nas negociações", disse à AFP o analista Félix Séijas, da Delphos.
Para ele, "não é nada menor" que essa quantidade de pessoas tenha sido solta, mas "ainda há muitos para libertar".
"Em uma negociação, ambas as partes precisam de algo e têm de entregar algo. O governo está cedendo em um dos pontos, esperando um gesto por parte da oposição. Faltar ver isso", acrescentou o analista.
Rodríguez confirmou a participação do governo em janeiro em Santo Domingo e comentou que o diálogo "vai bem".
O governo da República Dominicana e o ex-chefe do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, que acompanham o diálogo, consideraram que a medida contribuirá para fazer o processo fluir.
De acordo com a ONG Foro Penal, até esse processo de soltura, a Venezuela contava com 268 presos políticos, o que era negado pelo governo. Segundo Caracas, trata-se de detidos por ações de violência, conspiração, ou traição.
"Já somam 36 o número de prisioneiros políticos libertados entre ontem e hoje", afirmou o diretor da ONG Foro Penal, Alfredo Romero, em sua conta no Twitter.
No sábado, a presidente da Constituinte, Delcy Rodríguez, anunciou em entrevista coletiva que foi dada a "recomendação do benefício para mais de 80 pessoas. São recomendações que já são de conhecimento dos diferentes órgãos do sistema de Justiça Penal, assim como do presidente (...), e esperamos que se torne efetiva nas próximas horas".
Um primeiro grupo começou a ser libertado ontem à noite.
Os mais de 80 opositores que se beneficiaram das medidas alternativas de privação de liberdade participaram de protestos contra o presidente Nicolás Maduro que deixaram 43 mortos em 2014 e outros 125 mortos este ano.
Segundo Rodríguez, que também lidera a chamada Comissão da Verdade, os beneficiados são processados, ou condenados, "tanto na jurisdição civil quanto militar". Entre as "fórmulas alternativas à privação de liberdade" propostas, está o trabalho comunitário.
A presidente da Assembleia garantiu ainda que quem for agraciado deverá se apresentar à Comissão nos próximos dias "como um sentido pedagógico, da cultura de paz e de tolerância".
Entre os mais emblemáticos está o prefeito de Irribarren (Barquisimeto, estado de Lara), Alfredo Ramos, detido no final de julho e condenado a 15 meses de prisão, e vários policiais do município de Chacao (leste), reduto da oposição em Caracas.
"Estou feliz com a liberdade, estou com a minha família que (...) foi de grande apoio. Foi uma prisão arbitrária, injusta, não cometi nenhum crime", declarou Ramos a jornalistas.
- Sucesso do diálogo? -A situação dos políticos detidos faz parte das negociações entre o governo e a opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) na República Dominicana para resolver a grave crise política e econômica do país. A terceira rodada acontece em 11 e 12 de janeiro.
A MUD celebrou a libertação de "presos políticos", ressaltando que "nunca deveriam ter ficado privados de liberdade".
"Trabalhar para reconstruir o país arruinado pelo governo não é um crime", tuitou a MUD.
As solturas são "a primeira conquista clara nas negociações", disse à AFP o analista Félix Séijas, da Delphos.
Para ele, "não é nada menor" que essa quantidade de pessoas tenha sido solta, mas "ainda há muitos para libertar".
"Em uma negociação, ambas as partes precisam de algo e têm de entregar algo. O governo está cedendo em um dos pontos, esperando um gesto por parte da oposição. Faltar ver isso", acrescentou o analista.
Rodríguez confirmou a participação do governo em janeiro em Santo Domingo e comentou que o diálogo "vai bem".
O governo da República Dominicana e o ex-chefe do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, que acompanham o diálogo, consideraram que a medida contribuirá para fazer o processo fluir.
De acordo com a ONG Foro Penal, até esse processo de soltura, a Venezuela contava com 268 presos políticos, o que era negado pelo governo. Segundo Caracas, trata-se de detidos por ações de violência, conspiração, ou traição.
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