Opositor russo Navalny boicota eleições após ser impugnado
Moscou, 25 dez 2017 (AFP) - O principal opositor russo, Alexei Navalny, defendeu nesta segunda-feira o boicote às eleições presidenciais de 18 de março, após a impugnação de sua candidatura em um processo que deve conceder ao presidente Vladimir Putin seu quarto mandato.
A Comissão eleitoral russa rejeitou a candidatura de Navalny com base em uma sentença judicial precedente, o que o líder opositor qualificou de armação.
A comissão emitiu um voto unânime de rejeição à candidatura durante uma audiência pública nesta segunda-feira.
"Anunciamos uma greve de voto. Vamos pedir a todo mundo que boicote estas eleições, não reconheceremos os resultados", reagiu Navalny após o anúncio da comissão.
"O processo ao qual fomos convocados não é uma eleição. Apenas Putin e os candidatos que ele escolheu, que não representam qualquer ameaça, poderão participar", declarou Navalny em um vídeo divulgado na Web.
No domingo, o advogado opositor de 41 anos apresentou formalmente sua postulação ao final de um dia de mobilizações a seu favor.
A impugnação era previsível, uma vez que esta comissão já havia advertido em várias ocasiões que Navalny não poderia concorrer a um cargo eletivo antes de 2028 devido a uma condenação judicial por desvio de fundos públicos em um caso que data de 2009.
A presidente da comissão, Ella Pamfilova, afirmou não ter "nenhuma observação" em relação aos documentos fornecidos pelo carismático advogado, repetindo que se tratava de cumprir a lei.
"É evidente que esses casos foram criados para impedir a minha candidatura", denunciou Navalny nos debates públicos antes da decisão, com base em uma resolução do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (CEDH).
No domingo, o carismático advogado e blogueiro anticorrupção reuniu milhares de pessoas para defender sua candidatura, de Vladivostok (extremo leste) a Rostov-on-Don (sudoeste), passando por Moscou e São Petersburgo (noroeste).
Navalny, 41 anos, foi condenado pela justiça em várias ocasiões e este ano passou por curtos períodos de detenção por manifestações não autorizadas.
O líder opositor mantém sua campanha há meses, o que lhe permitiu estabelecer uma base leal de partidários, às vezes muito jovens, graças a vídeos virais que denunciam a corrupção das elites.
Em março e junho também organizou protestos de uma escala sem precedentes desde as manifestações em 2011 e 2012, que resultaram em centenas de prisões.
Sua popularidade, no entanto, ainda está longe da de Vladimir Putin, aprovado por cerca de 80% dos russos, de acordo com as últimas pesquisas.
Putin, que chegou em 2000 à presidência de um país instável político e economicamente, é elogiado por muitos cidadãos russos por ter trazido prosperidade, principalmente graças ao petróleo, e por colocar a Rússia de volta no cenário internacional.
O presidente, que também se apresenta como um candidato autodesignado para as eleições de março de 2018, tem a vitória quase garantida.
A Comissão eleitoral russa rejeitou a candidatura de Navalny com base em uma sentença judicial precedente, o que o líder opositor qualificou de armação.
A comissão emitiu um voto unânime de rejeição à candidatura durante uma audiência pública nesta segunda-feira.
"Anunciamos uma greve de voto. Vamos pedir a todo mundo que boicote estas eleições, não reconheceremos os resultados", reagiu Navalny após o anúncio da comissão.
"O processo ao qual fomos convocados não é uma eleição. Apenas Putin e os candidatos que ele escolheu, que não representam qualquer ameaça, poderão participar", declarou Navalny em um vídeo divulgado na Web.
No domingo, o advogado opositor de 41 anos apresentou formalmente sua postulação ao final de um dia de mobilizações a seu favor.
A impugnação era previsível, uma vez que esta comissão já havia advertido em várias ocasiões que Navalny não poderia concorrer a um cargo eletivo antes de 2028 devido a uma condenação judicial por desvio de fundos públicos em um caso que data de 2009.
A presidente da comissão, Ella Pamfilova, afirmou não ter "nenhuma observação" em relação aos documentos fornecidos pelo carismático advogado, repetindo que se tratava de cumprir a lei.
"É evidente que esses casos foram criados para impedir a minha candidatura", denunciou Navalny nos debates públicos antes da decisão, com base em uma resolução do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (CEDH).
No domingo, o carismático advogado e blogueiro anticorrupção reuniu milhares de pessoas para defender sua candidatura, de Vladivostok (extremo leste) a Rostov-on-Don (sudoeste), passando por Moscou e São Petersburgo (noroeste).
Navalny, 41 anos, foi condenado pela justiça em várias ocasiões e este ano passou por curtos períodos de detenção por manifestações não autorizadas.
O líder opositor mantém sua campanha há meses, o que lhe permitiu estabelecer uma base leal de partidários, às vezes muito jovens, graças a vídeos virais que denunciam a corrupção das elites.
Em março e junho também organizou protestos de uma escala sem precedentes desde as manifestações em 2011 e 2012, que resultaram em centenas de prisões.
Sua popularidade, no entanto, ainda está longe da de Vladimir Putin, aprovado por cerca de 80% dos russos, de acordo com as últimas pesquisas.
Putin, que chegou em 2000 à presidência de um país instável político e economicamente, é elogiado por muitos cidadãos russos por ter trazido prosperidade, principalmente graças ao petróleo, e por colocar a Rússia de volta no cenário internacional.
O presidente, que também se apresenta como um candidato autodesignado para as eleições de março de 2018, tem a vitória quase garantida.
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