Conheça os jovens que pressionam por mudanças nas leis sobre armas nos EUA
Miami, 22 Fev 2018 (AFP) - A eloquência dos sobreviventes do massacre na Flórida está ressoando nos ouvidos dos americanos. Cameron Kasky inventou a hashtag "#NeverAgain", David Hogg enfrenta uma campanha de desprestígio on-line e Emma González comoveu o país com o grito "Que vergonha!".
Conheça a seguir os principais autores do movimento contra as armas #NeverAgain que sacode a opinião pública americana.
- Cameron Kasky, 17 anosComunicativo e engraçado, é descrito pela New Yorker como um "menino do teatro". O jovem se considera o "palhaço da turma".
Em 14 de fevereiro, logo depois de sair da cercada escola Marjory Stoneman Douglas em Parkland, na Flórida, Kasky escreveu no Facebook: "Estou a salvo (...) Graças aos guerreiros da Constituição que me protegeram". Desde então, seu ativismo contra a venda de armas não parou.
Foi convidado a escrever um editorial na CNN e, dois dias após o massacre, criou a hashtag #NeverAgain, pedindo aos seus amigos que a colocassem nos assuntos mais comentados do Twitter a partir das 15h de sexta-feira (16).
Na quarta-feira, confrontou o senador pela Flórida Marco Rubio, que recebeu financiamento do poderoso lobby pró-armas Associação Nacional do Rifle (NRA): "Senador, você pode me dizer se você não vai aceitar uma só doação da NRA no futuro?".
- Emma González, 18 anos"Que vergonha!", gritou Emma, chorando, durante um protesto em Fort Lauderdale na sexta-feira (16), repreendendo os políticos por não terem cuidado das crianças em troca do dinheiro da NRA. Suas palavras ganharam a atenção nacional e foram decisivas no movimento que estava gerando.
Havia escrito o discurso naquele mesmo dia e sua única experiência em ativismo era a "Marcha pela Ciência" no ano passado.
Depois, em um vídeo em que a jovem - de origem cubana - e seus colegas convocam a "Marcha por nossas vidas" em Washington para o dia 24 de março, declara: "Neste ponto, ou estão conosco, ou estão contra nós".
Agora já tem imitadores que raspam a cabeça para replicar seu estilo.
- David Hogg, 17 anosDavid quer ser repórter e gosta de sua escola porque tem um estúdio de jornalismo. Estava escondido em um armário durante o massacre, quando seu instinto o levou a filmar entrevistas com os outros estudantes com os quais estava escondido. O vídeo é aterrador e se tornou viral.
Deu entrevistas à imprensa e foi recrutado por Cameron Kasky para liderar, com ele e González, o movimento #NeverAgain.
Mas está sofrendo o preço da fama. Desde que declarou que seu pai é um agente aposentado do FBI, tem sido atacado por defensores das armas de extrema direita e "trolls" que o perseguem nas redes sociais.
A teoria da conspiração assinala que o jovem seria um "ator de crise" usado pela Polícia Federal para distrair a atenção de sua incapacidade de evitar o massacre de Parkland.
"Não sou um ator de crise", declarou Hogg à CNN. "Sou alguém que teve que ser testemunha disso e viver isso".
- Delaney Tarr, 17 anosDelaney lançou a seguinte afirmação na quarta-feira, quando ameaçou os legisladores em Tallahassee, capital da Flórida: "Estamos fazendo súplicas suficientes (...) Estamos indo atrás de cada um de vocês para exigir que façam algo".
Articulada e eloquente, Delaney fez um curso de produção televisiva em seu primeiro ano e em 2017 foi apresentadora de um noticiário da escola. De acordo com o Washington Post, também quer ser jornalista e continuamente entrevista seus colegas nos corredores.
Sempre leva consigo a chave do carro para se esconder dentro dele caso haja um ataque a tiros. No entanto, acabou ficando dentro do edifício da instituição e se protegeu com seus amigos em um armário.
Conheça a seguir os principais autores do movimento contra as armas #NeverAgain que sacode a opinião pública americana.
- Cameron Kasky, 17 anosComunicativo e engraçado, é descrito pela New Yorker como um "menino do teatro". O jovem se considera o "palhaço da turma".
Em 14 de fevereiro, logo depois de sair da cercada escola Marjory Stoneman Douglas em Parkland, na Flórida, Kasky escreveu no Facebook: "Estou a salvo (...) Graças aos guerreiros da Constituição que me protegeram". Desde então, seu ativismo contra a venda de armas não parou.
Foi convidado a escrever um editorial na CNN e, dois dias após o massacre, criou a hashtag #NeverAgain, pedindo aos seus amigos que a colocassem nos assuntos mais comentados do Twitter a partir das 15h de sexta-feira (16).
Na quarta-feira, confrontou o senador pela Flórida Marco Rubio, que recebeu financiamento do poderoso lobby pró-armas Associação Nacional do Rifle (NRA): "Senador, você pode me dizer se você não vai aceitar uma só doação da NRA no futuro?".
- Emma González, 18 anos"Que vergonha!", gritou Emma, chorando, durante um protesto em Fort Lauderdale na sexta-feira (16), repreendendo os políticos por não terem cuidado das crianças em troca do dinheiro da NRA. Suas palavras ganharam a atenção nacional e foram decisivas no movimento que estava gerando.
Havia escrito o discurso naquele mesmo dia e sua única experiência em ativismo era a "Marcha pela Ciência" no ano passado.
Depois, em um vídeo em que a jovem - de origem cubana - e seus colegas convocam a "Marcha por nossas vidas" em Washington para o dia 24 de março, declara: "Neste ponto, ou estão conosco, ou estão contra nós".
Agora já tem imitadores que raspam a cabeça para replicar seu estilo.
- David Hogg, 17 anosDavid quer ser repórter e gosta de sua escola porque tem um estúdio de jornalismo. Estava escondido em um armário durante o massacre, quando seu instinto o levou a filmar entrevistas com os outros estudantes com os quais estava escondido. O vídeo é aterrador e se tornou viral.
Deu entrevistas à imprensa e foi recrutado por Cameron Kasky para liderar, com ele e González, o movimento #NeverAgain.
Mas está sofrendo o preço da fama. Desde que declarou que seu pai é um agente aposentado do FBI, tem sido atacado por defensores das armas de extrema direita e "trolls" que o perseguem nas redes sociais.
A teoria da conspiração assinala que o jovem seria um "ator de crise" usado pela Polícia Federal para distrair a atenção de sua incapacidade de evitar o massacre de Parkland.
"Não sou um ator de crise", declarou Hogg à CNN. "Sou alguém que teve que ser testemunha disso e viver isso".
- Delaney Tarr, 17 anosDelaney lançou a seguinte afirmação na quarta-feira, quando ameaçou os legisladores em Tallahassee, capital da Flórida: "Estamos fazendo súplicas suficientes (...) Estamos indo atrás de cada um de vocês para exigir que façam algo".
Articulada e eloquente, Delaney fez um curso de produção televisiva em seu primeiro ano e em 2017 foi apresentadora de um noticiário da escola. De acordo com o Washington Post, também quer ser jornalista e continuamente entrevista seus colegas nos corredores.
Sempre leva consigo a chave do carro para se esconder dentro dele caso haja um ataque a tiros. No entanto, acabou ficando dentro do edifício da instituição e se protegeu com seus amigos em um armário.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.