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Gases de lixão intoxicam cerca de 50 crianças na Rússia

Vista aérea do lixão de Iadrovo, em Volokolamsk, na Rússia -  Dmitry Serebryakov/AFP
Vista aérea do lixão de Iadrovo, em Volokolamsk, na Rússia Imagem: Dmitry Serebryakov/AFP

Em Volokolamsk, na Rússia

21/03/2018 20h59

Os gases que emanavam de um lixão de resíduos tóxicos perto de Moscou provocaram mal-estar em cerca de 50 crianças e a indignação de seus pais, que nesta quarta-feira (21) se manifestaram contra as autoridades.

"Não matem nossos filhos!" e "Quero respirar! Quero viver!" eram alguns dos lemas nos cartazes das cerca de 200 pessoas que se manifestaram em frente ao hospital de Volokolamsk, uma centena de quilômetros a noroeste da capital russa.

Há semanas, os habitantes dessa região vêm denunciando as emanações do lixão de Iadrovo, em funcionamento desde 1979.

A situação se agravou nesta quarta-feira com a o surgimento de um cheiro forte, levando 57 menores a necessitarem atendimento médico devido a tonturas, e cinco tiveram que ser hospitalizados, segundo um comunicado da administração regional.

Lixão na Rússia - Maxime Popov/AFP - Maxime Popov/AFP
Em protesto, moradores de Volokolamsk levam cartazes com o escrito "Não matem nossas crianças"
Imagem: Maxime Popov/AFP

O prefeito da cidade, Piotr Lazarev, acusou o lixão de Iadrovo, situado a três quilômetros de Volokolamsk.

As autoridades locais atribuíram o problema a uma fuga de um gás tóxico que já foi identificada.

O ministério russo de Situações de Emergência afirmou em um boletim diário sobre o estado do ar na região de Moscou que "não foi constatada nenhuma concentração de substâncias poluentes no ar que ultrapassem as normas".

"Há dois meses o ar aqui é irrespirável. Nossos filhos sofrem de náuseas e hipertensão" declarou à AFP uma habitante local, Anna Grapé, de 50 anos.