Rebeldes anunciam saída de enclave sírio de Ghuta
Duma, Siria, 21 Mar 2018 (AFP) - O grupo rebelde que controlava a região de Harasta, em Ghuta Oriental, decidiu abandonar o enclave nos subúrbios de Damasco, alvo de uma sangrenta e devastadora ofensiva do regime de Bashar al-Assad.
O acordo obtido com o regime de Assad e negociado por seu aliado russo ocorre após uma pesada ofensiva das forças de Damasco, deflagrada no dia 18 de fevereiro.
A facção rebelde islâmica Ahrar al-Sham, que controla uma zona que inclui a cidade de Harasta, no oeste de Ghuta, confirmou o acordo com o regime para a saída de seus combatentes.
"O acordo prevê a saída dos rebeldes com suas armas, assim como dos civis que o desejem", declarou à AFP Munzer Fares, porta-voz do grupo rebelde.
A saída começará às 07H00 (02H00 Brasília) desta quinta-feira, e serão levados para o noroeste do país, à província de Idlib, fora do controle do regime de Assad.
Segundo o ministro sírio da Reconciliação, Ali Haidar, as negociações para a entrega de Harasta foram conduzidas pelas forças militares russas.
Os disparos de artilharia e os ataques aéreos persistem contra o enclave, onde já morreram mais de 1.500 civis, com as forças do regime controlando no momento mais de 80% do território, isolando os rebeldes em três bolsões.
A ofensiva provocou dezenas de milhares de deslocados, que não tiveram outra opção que fugir para os centros de acolhimento instalados nos territórios controlados pelo regime, onde vivem em "situação trágica", denunciou à AFP um representante da ONU.
Ao menos 20 civis, entre eles 16 crianças, morreram nesta quarta-feira em um ataque aéreo contra os arredores de uma escola em Idlib, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Em Duma, a maior cidade de Ghuta em poder dos rebeldes, o correspondente da AFP escutou foguetes caindo sobre as ruas principais, ferindo civis e socorristas.
De acordo com o OSDH, os bombardeios do regime mataram aos menos onze pessoas nesta quarta-feira em Ghuta.
Uma delegação local negocia o destino de Duma, segundo o correspondente da AFP, que não obteve detalhes das tratativas.
O regime sírio precisa conquistar Ghuta para acabar com os disparos de artilharia contra Damasco, onde na noite de terça-feira um tiro de morteiro matou 44 civis, segundo a agência oficial de notícias Sana.
Apoiado por seu aliado russo, o regime de Assad já retomou mais da metade do território sírio, e não esconde sua determinação de reconquistar a integridade do território nacional.
A guerra civil na Síria, deflagrada em 2011, já deixou mais de 350 mil mortos e forçou milhões de sírios ao exílio.
O acordo obtido com o regime de Assad e negociado por seu aliado russo ocorre após uma pesada ofensiva das forças de Damasco, deflagrada no dia 18 de fevereiro.
A facção rebelde islâmica Ahrar al-Sham, que controla uma zona que inclui a cidade de Harasta, no oeste de Ghuta, confirmou o acordo com o regime para a saída de seus combatentes.
"O acordo prevê a saída dos rebeldes com suas armas, assim como dos civis que o desejem", declarou à AFP Munzer Fares, porta-voz do grupo rebelde.
A saída começará às 07H00 (02H00 Brasília) desta quinta-feira, e serão levados para o noroeste do país, à província de Idlib, fora do controle do regime de Assad.
Segundo o ministro sírio da Reconciliação, Ali Haidar, as negociações para a entrega de Harasta foram conduzidas pelas forças militares russas.
Os disparos de artilharia e os ataques aéreos persistem contra o enclave, onde já morreram mais de 1.500 civis, com as forças do regime controlando no momento mais de 80% do território, isolando os rebeldes em três bolsões.
A ofensiva provocou dezenas de milhares de deslocados, que não tiveram outra opção que fugir para os centros de acolhimento instalados nos territórios controlados pelo regime, onde vivem em "situação trágica", denunciou à AFP um representante da ONU.
Ao menos 20 civis, entre eles 16 crianças, morreram nesta quarta-feira em um ataque aéreo contra os arredores de uma escola em Idlib, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Em Duma, a maior cidade de Ghuta em poder dos rebeldes, o correspondente da AFP escutou foguetes caindo sobre as ruas principais, ferindo civis e socorristas.
De acordo com o OSDH, os bombardeios do regime mataram aos menos onze pessoas nesta quarta-feira em Ghuta.
Uma delegação local negocia o destino de Duma, segundo o correspondente da AFP, que não obteve detalhes das tratativas.
O regime sírio precisa conquistar Ghuta para acabar com os disparos de artilharia contra Damasco, onde na noite de terça-feira um tiro de morteiro matou 44 civis, segundo a agência oficial de notícias Sana.
Apoiado por seu aliado russo, o regime de Assad já retomou mais da metade do território sírio, e não esconde sua determinação de reconquistar a integridade do território nacional.
A guerra civil na Síria, deflagrada em 2011, já deixou mais de 350 mil mortos e forçou milhões de sírios ao exílio.
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