Presidente egípcio reeleito com mais de de 92% dos votos
Cairo, 29 Mar 2018 (AFP) - O presidente egípcio Abdel Fattah Al-Sissi foi reeleito com mais de 92% dos votos para um novo mandato, de acordo com as primeiras estimativas divulgadas pela imprensa estatal, mas o índice de participação de apenas 40% diminui sua legitimidade.
Os resultados oficiais serão anunciados na próxima segunda-feira.
Quase 23 milhões de pessoas de um total de 60 milhões de eleitores compareceram às urnas para votar na eleição organizada entre segunda-feira e quarta-feira, informaram os jornais Al-Ahram e Akhbar al-Yaum, assim como a agência oficial Mena.
De acordo com o Al-Ahram, além dos 23 milhões de eleitores com votos válidos, outros dois milhões anularam seus votos, com os nomes de candidatos que não estavam na disputa.
Sissi era considerado o vitorioso antes mesmo da eleição. Ele teve apenas um adversário na disputa: Musa Mostafa Musa.
Musa, um empresário de 65 anos, desconhecido da população em geral e simpatizante do presidente, obteve apenas 3% dos votos, de acordo com as estimativas do Al-Ahram.
Na quarta-feira à noite, Musa anunciou sua derrota, após a divulgação dos primeiros resultados parciais.
O empresário, líder do minúsculo partido liberal Al-Ghad, virou candidato um pouco antes do fim do prazo para a apresentação de candidaturas, evitando assim uma disputa com apenas um nome.
Al-Sissi, ex-comandante do Estado-Maior das Forças Armadas, destituiu o único presidente egípcio democraticamente eleito - o islamita Mohamed Morsi - após grandes protestos em 2013, e venceu a eleição de 2014 com 96,9% dos votos.
A taxa de participação este ano ficou próxima de 40%, segundo a imprensa, apesar dos apelos do primeiro-ministro Sherif Ismail. Em 2014, o índice chegou a 37% em dois dias de votação e alcançou 47,5% após a prorrogação por mais um dia.
Os eleitores sem uma razão considerada válida para não votar devem pagar uma multa de 500 libras egípcias (22 euros), advertiu a Comissão Eleitoral.
Em uma entrevista coletiva, um dos diretores da Comissão, Mahmud al Sherif, disse que não foram registradas irregularidades durante a votação.
Os grupos de oposição convocaram um boicote às eleições.
Durante a campanha não foram organizados debates e Al-Sissi não apareceu em nenhum evento.
Em uma entrevista poucos dias antes da eleição, Al-Sissi disse que preferia enfrentar mais candidatos e negou qualquer intervenção para impedir outros nomes.
A derrubada de Morsi abriu um período de repressão no qual centenas de islamitas morreram ou foram presos.
A repressão inicial contra os islamitas atingiu mais tarde os liberais e ativistas da esquerda.
Ao mesmo tempo, um movimento rebelde jihadista matou centenas de policiais e civis.
bam-emp/gk/me.
Os resultados oficiais serão anunciados na próxima segunda-feira.
Quase 23 milhões de pessoas de um total de 60 milhões de eleitores compareceram às urnas para votar na eleição organizada entre segunda-feira e quarta-feira, informaram os jornais Al-Ahram e Akhbar al-Yaum, assim como a agência oficial Mena.
De acordo com o Al-Ahram, além dos 23 milhões de eleitores com votos válidos, outros dois milhões anularam seus votos, com os nomes de candidatos que não estavam na disputa.
Sissi era considerado o vitorioso antes mesmo da eleição. Ele teve apenas um adversário na disputa: Musa Mostafa Musa.
Musa, um empresário de 65 anos, desconhecido da população em geral e simpatizante do presidente, obteve apenas 3% dos votos, de acordo com as estimativas do Al-Ahram.
Na quarta-feira à noite, Musa anunciou sua derrota, após a divulgação dos primeiros resultados parciais.
O empresário, líder do minúsculo partido liberal Al-Ghad, virou candidato um pouco antes do fim do prazo para a apresentação de candidaturas, evitando assim uma disputa com apenas um nome.
Al-Sissi, ex-comandante do Estado-Maior das Forças Armadas, destituiu o único presidente egípcio democraticamente eleito - o islamita Mohamed Morsi - após grandes protestos em 2013, e venceu a eleição de 2014 com 96,9% dos votos.
A taxa de participação este ano ficou próxima de 40%, segundo a imprensa, apesar dos apelos do primeiro-ministro Sherif Ismail. Em 2014, o índice chegou a 37% em dois dias de votação e alcançou 47,5% após a prorrogação por mais um dia.
Os eleitores sem uma razão considerada válida para não votar devem pagar uma multa de 500 libras egípcias (22 euros), advertiu a Comissão Eleitoral.
Em uma entrevista coletiva, um dos diretores da Comissão, Mahmud al Sherif, disse que não foram registradas irregularidades durante a votação.
Os grupos de oposição convocaram um boicote às eleições.
Durante a campanha não foram organizados debates e Al-Sissi não apareceu em nenhum evento.
Em uma entrevista poucos dias antes da eleição, Al-Sissi disse que preferia enfrentar mais candidatos e negou qualquer intervenção para impedir outros nomes.
A derrubada de Morsi abriu um período de repressão no qual centenas de islamitas morreram ou foram presos.
A repressão inicial contra os islamitas atingiu mais tarde os liberais e ativistas da esquerda.
Ao mesmo tempo, um movimento rebelde jihadista matou centenas de policiais e civis.
bam-emp/gk/me.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.