Justiça francesa confirma extradição de ex-policial argentino Sandoval
Paris, 24 Mai 2018 (AFP) - O Tribunal de Cassação, a mais alta instância judiciária da França, confirmou nesta quinta-feira a extradição de Mario Sandoval, um ex-policial reivindicado pela Argentina, acusado do desaparecimento de um estudante durante a ditadura militar (1976-1983).
Em 19 de outubro de 2017, o Tribunal de Apelação de Versalhes havia emitido um parecer favorável à extradição para a Argentina do ex-policial, mas Sandoval interpôs recurso contra a decisão, que foi rejeitado nesta quinta-feira pela justiça francesa.
Sandoval é suspeito de envolvimento no rapto e desaparecimento em 30 de outubro de 1976 de Hernán Abriata, um estudante de arquitetura que esteve detido na Escola Mecânica da Armada (ESMA) em Buenos Aires.
Cerca de 5.000 pessoas, que passaram por centro de tortura da ditadura, desapareceram, muitos deles lançados de aviões no Rio de la Plata.
O réu, que nega ser o Sandoval em questão, exilou-se na França após o fim da ditadura na década de 1980. Obteve a nacionalidade francesa em 1997, o que não impede sua extradição, já que não era francês no momento dos fatos.
"Estou muito feliz pensando na mãe de Hernán Abriata, que espera que a justiça seja feita desde o desaparecimento de seu filho", disse à AFP Sophie Thonon, advogada do Estado argentino.
"Agora entramos em uma fase administrativa. O governo deve aplicar a decisão judicial e garantir que Mario Sandoval, que não está preso, não escape", acrescentou.
O Tribunal de Cassação indeferiu nesta quinta-feira os argumentos da defesa de Sandoval, que alegou que havia muitas inconsistências na descrição de seu cliente no momento dos fatos.
bur/pc-gm/age/mr
Em 19 de outubro de 2017, o Tribunal de Apelação de Versalhes havia emitido um parecer favorável à extradição para a Argentina do ex-policial, mas Sandoval interpôs recurso contra a decisão, que foi rejeitado nesta quinta-feira pela justiça francesa.
Sandoval é suspeito de envolvimento no rapto e desaparecimento em 30 de outubro de 1976 de Hernán Abriata, um estudante de arquitetura que esteve detido na Escola Mecânica da Armada (ESMA) em Buenos Aires.
Cerca de 5.000 pessoas, que passaram por centro de tortura da ditadura, desapareceram, muitos deles lançados de aviões no Rio de la Plata.
O réu, que nega ser o Sandoval em questão, exilou-se na França após o fim da ditadura na década de 1980. Obteve a nacionalidade francesa em 1997, o que não impede sua extradição, já que não era francês no momento dos fatos.
"Estou muito feliz pensando na mãe de Hernán Abriata, que espera que a justiça seja feita desde o desaparecimento de seu filho", disse à AFP Sophie Thonon, advogada do Estado argentino.
"Agora entramos em uma fase administrativa. O governo deve aplicar a decisão judicial e garantir que Mario Sandoval, que não está preso, não escape", acrescentou.
O Tribunal de Cassação indeferiu nesta quinta-feira os argumentos da defesa de Sandoval, que alegou que havia muitas inconsistências na descrição de seu cliente no momento dos fatos.
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