Martinelli revela favores que fez aos EUA como presidente do Panamá
Miami, 25 Mai 2018 (AFP) - O ex-presidente panamenho Ricardo Martinelli - detido em Miami e sob risco de extradição - escreveu uma carta nesta sexta-feira na qual recorda os favores que fez aos Estados Unidos quando presidia o Panamá.
"Quando a CIA me pediu para interceptar um navio norte-coreano que estava deixando Cuba para cruzar o canal do Panamá eu não pestanejei", escreveu na carta ao "governo e ao povo dos Estados Unidos" firmada no centro de detenção de Miami, Flórida, onde está preso há quase um ano.
"Pessoalmente, revistei o navio e encontrei armas, mísseis, aviões e radares que violavam o embargo da ONU", destacou o ex-presidente, referindo-se ao "Chong Chon Gang", interceptado no canal do Panamá em 2013.
Martinelli, 66 anos, tenta evitar a extradição para o Panamá, onde é requisitado pela justiça sob a acusação de malversação de fundos para criar uma rede de espionagem de adversários.
Na carta, divulgada pelo advogado Sidney Sittón, o ex-presidente afirma que o então líder cubano, Raúl Castro, o ameaçou com "graves consequências" caso interceptasse o navio, e que o então presidente americano, Barack Obama, lhe comunicou que poderia viajar aos Estados Unidos se precisasse.
"Acreditei que poderia confiar nas promessas feitas por funcionários do governo (americano), mas estava enganado".
Na carta, Martinelli cita outras ocasiões em que tomou decisões para atender os desejos de Washington: "Quando as negociações com as Farc começaram em Cuba, apoiamos os interesses americanos; durante meu mandato, instalamos o 'sistema de reconhecimento facial' de criminosos e suspeitos ligado à base de dados do FBI (...) e na ONU, o Panamá votou com Israel 100% das vezes, pelo qual fui declarado persona non grata por várias organizações árabes".
"Quando a CIA me pediu para interceptar um navio norte-coreano que estava deixando Cuba para cruzar o canal do Panamá eu não pestanejei", escreveu na carta ao "governo e ao povo dos Estados Unidos" firmada no centro de detenção de Miami, Flórida, onde está preso há quase um ano.
"Pessoalmente, revistei o navio e encontrei armas, mísseis, aviões e radares que violavam o embargo da ONU", destacou o ex-presidente, referindo-se ao "Chong Chon Gang", interceptado no canal do Panamá em 2013.
Martinelli, 66 anos, tenta evitar a extradição para o Panamá, onde é requisitado pela justiça sob a acusação de malversação de fundos para criar uma rede de espionagem de adversários.
Na carta, divulgada pelo advogado Sidney Sittón, o ex-presidente afirma que o então líder cubano, Raúl Castro, o ameaçou com "graves consequências" caso interceptasse o navio, e que o então presidente americano, Barack Obama, lhe comunicou que poderia viajar aos Estados Unidos se precisasse.
"Acreditei que poderia confiar nas promessas feitas por funcionários do governo (americano), mas estava enganado".
Na carta, Martinelli cita outras ocasiões em que tomou decisões para atender os desejos de Washington: "Quando as negociações com as Farc começaram em Cuba, apoiamos os interesses americanos; durante meu mandato, instalamos o 'sistema de reconhecimento facial' de criminosos e suspeitos ligado à base de dados do FBI (...) e na ONU, o Panamá votou com Israel 100% das vezes, pelo qual fui declarado persona non grata por várias organizações árabes".
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