Maduro repudia pedido de "eleições democráticas" e exige que UE tire 'nariz' da Venezuela
O presidente Nicolás Maduro exigiu nesta segunda-feira que a União Europeia (UE) tire seu "nariz" da Venezuela, após chanceleres do bloco garantirem que sua reeleição não tem credibilidade e anunciarem novas sanções.
Os ministros europeus, "de maneira insolente, pretendem meter o nariz (...) e a Venezuela deve dizer: Fora, aqui não é União Europeia! Chega de intromissão! Chega de intervencionismo!" - exclamou Maduro diante de governadores e prefeitos venezuelanos.
Maduro disse que na declaração aprovada nesta segunda-feira, em Bruxelas, a UE trabalha com "os inimigos da pátria que repetem todos os dias suas ameaças, coações, mentiras e manipulações".
"Já chega de velhos colonialismos (...), não somos herança de ninguém", declarou Maduro, reeleito em 20 de maio passado.
Os chanceleres europeus se comprometeram nesta segunda-feira a impor "rapidamente" novas sanções contra autoridades venezuelanas, em medidas que seriam adotadas formalmente no mês de junho.
"A UE atuará rapidamente (...) com o objetivo de impor medidas restritivas adicionais, seletivas e reversíveis, que não prejudiquem a população venezuelana".
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"As eleições não cumpriram as normas internacionais. Não foram eleições livres, justas nem transparentes", afirmou Michael Roth, secretário de Estado para a Europa do governo da Alemanha.
Neste contexto, "a UE faz um apelo para que aconteçam novas eleições presidenciais em conformidade com as normas democráticas internacionalmente reconhecidas e a ordem constitucional venezuelano", completam os ministros em seu comunicado.
Maduro, 55, recebeu 68% dos votos na eleição presidencial antecipada na Venezuela, que os principais partidos de oposição boicotaram por considerá-la uma fraude, uma opinião compartilhada com o Grupo de Lima e os Estados Unidos.
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