'Destino da Itália não pode depender de mercados financeiros', diz Juncker
Bruxelas, 29 Mai 2018 (AFP) - O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, assegurou nesta terça-feira (29) que o futuro da Itália, cujo prêmio de risco está sob pressão pela incerteza política, "não pode depender" dos mercados financeiros.
"O destino da Itália não pode depender de possíveis requerimentos dos mercados financeiros", afirmou Juncker em um comunicado, mostrando seu convencimento de que a terceira economia do euro "continuará em seu caminho europeu".
A Comissão Europeia "está disposta a cooperar com a Itália de forma responsável e com respeito mútuo. A Itália merece respeito", acrescentou o titular do Executivo comunitário após a polêmica suscitada por declarações atribuídas ao seu comissário de Orçamento, Günther Oettinger.
Um jornalista do Deutsche Welle, que entrevistou o comissário alemão, tuitou de manhã que este último esperava que "os mercados ensinassem os italianos a votar corretamente", antes de retirar seu tuíte assegurando que citou mal Oettinger.
Segundo tuítes posteriores, Oettinger teria dito que "a evolução dos bônus do Tesouro, o valor dos bancos na Bolsa, a economia italiana está afetada negativamente. Talvez tudo isso tenha um papel durante a campanha eleitoral para que os populistas de direita e de esquerda não cheguem a governar".
O comissário europeu apresentou no fim da tarde as suas desculpas pelas declarações, assegurando que respeita "plenamente a vontade dos eleitores de cada país, sejam de esquerda, direita, ou centro".
"Minha intenção ao me referir à atual evolução do mercado na Itália não era falta com o respeito e peço desculpas", acrescentou em uma declaração divulgada pela Comissão Europeia.
Suas declarações ao Deutsche Welle provocaram o rechaço de todos os setores políticos da Itália, incluindo o pró-Europa Partido Democrático, embora as críticas mais duras tenham sido feitas pelo ultradireitista Matteo Salvini: "Que loucura, em Bruxelas eles não têm vergonha", assegurou.
O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, fez um chamado a todas as instituições da UE: "É necessário respeitar os eleitores, estamos aqui para servir e não para dar lições", afirmou.
A crise política na Itália, onde duas forças eurocéticas venceram nas eleições em março, reacendeu nas últimas horas o espectro de uma nova crise da dívida nos países do sul da Europa, com nervosismo nas Bolsas e prêmios de risco em alta.
"O destino da Itália não pode depender de possíveis requerimentos dos mercados financeiros", afirmou Juncker em um comunicado, mostrando seu convencimento de que a terceira economia do euro "continuará em seu caminho europeu".
A Comissão Europeia "está disposta a cooperar com a Itália de forma responsável e com respeito mútuo. A Itália merece respeito", acrescentou o titular do Executivo comunitário após a polêmica suscitada por declarações atribuídas ao seu comissário de Orçamento, Günther Oettinger.
Um jornalista do Deutsche Welle, que entrevistou o comissário alemão, tuitou de manhã que este último esperava que "os mercados ensinassem os italianos a votar corretamente", antes de retirar seu tuíte assegurando que citou mal Oettinger.
Segundo tuítes posteriores, Oettinger teria dito que "a evolução dos bônus do Tesouro, o valor dos bancos na Bolsa, a economia italiana está afetada negativamente. Talvez tudo isso tenha um papel durante a campanha eleitoral para que os populistas de direita e de esquerda não cheguem a governar".
O comissário europeu apresentou no fim da tarde as suas desculpas pelas declarações, assegurando que respeita "plenamente a vontade dos eleitores de cada país, sejam de esquerda, direita, ou centro".
"Minha intenção ao me referir à atual evolução do mercado na Itália não era falta com o respeito e peço desculpas", acrescentou em uma declaração divulgada pela Comissão Europeia.
Suas declarações ao Deutsche Welle provocaram o rechaço de todos os setores políticos da Itália, incluindo o pró-Europa Partido Democrático, embora as críticas mais duras tenham sido feitas pelo ultradireitista Matteo Salvini: "Que loucura, em Bruxelas eles não têm vergonha", assegurou.
O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, fez um chamado a todas as instituições da UE: "É necessário respeitar os eleitores, estamos aqui para servir e não para dar lições", afirmou.
A crise política na Itália, onde duas forças eurocéticas venceram nas eleições em março, reacendeu nas últimas horas o espectro de uma nova crise da dívida nos países do sul da Europa, com nervosismo nas Bolsas e prêmios de risco em alta.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.