Fracassam negociações entre rebeldes do sul da Síria e russos
Beirute, 4 Jul 2018 (AFP) - As negociações entre os rebeldes instalados no sul da Síria, alvos de uma ofensiva do regime, e negociadores russos, determinados a impor o retorno da região sob controle governamental, fracassaram nesta quarta-feira.
"Fracasso das negociações com o inimigo russo", anunciou em sua conta no Twitter uma célula que reúne as diferentes facções rebeldes presentes no sul do país em guerra.
"As negociações não levaram a qualquer resultado (...) Nenhuma nova data foi fixada" para a retomada do diálogo", indicou à AFP o porta-voz dessa célula, Ibrahim al-Jabbawi.
A operação militar lançada em 19 de junho passado pelo regime na província de Deraa lhe permitiu avançar, consideravelmente, nessa região, a golpe de letais bombardeios, ou mediante acordos de "reconciliação" patrocinados por Moscou, que mais parecem uma capitulação dos insurgentes.
A rodada de negociações desta quarta era vista como crucial: "seja porque as facções podem aceitar o acordo, ou porque a ofensiva militar pode ser retomada", havia indicado à AFP uma fonte da oposição ligada às negociações na cidade de Deraa, onde os bombardeios cessaram há vários dias.
"Na terça, a delegação russa advertiu os grupos rebeldes que esta quarta seria o último dia para negociar e que teriam que apresentar sua resposta final", disse a fonte, pedindo para não ser identificada.
As partes envolvidas tiveram discussões até a meia-noite de ontem, durante as quais os russos teriam rejeitado as demandas da delegação rebelde.
Os russos rejeitam "o translado de combatentes, ou civis" para outras zonas insurgentes da Síria, indicou a fonte, diferentemente do que havia acontecido após a reconquista de outros redutos rebeldes.
A Rússia exige o abandono, por parte dos rebeldes, das armas pesadas e medianas, "o retorno do Exército (sírio) para seus quartéis", assim como das instituições do governo da região, e também a mobilização da polícia do regime.
O Exército sírio - insistem as forças russas presentes na Síria - deve recuperar suas posições anteriores a 2011 (quando a guerra começou), e a Polícia Militar russa apoiará a corporação local nessa zona.
Nesta terça, ao longo de dez horas de tensas negociações, os rebeldes propuseram um cessar-fogo global, seguido do abandono imediato das armas pesadas, segundo uma cópia do texto consultada pela AFP.
Os rebeldes também exigiam uma retirada das forças do regime das zonas que conquistaram em sua última ofensiva.
Finalmente, reivindicaram que qualquer solução garanta a partida dos combatentes que desejarem fazê-lo junto com suas famílias rumo a outros territórios insurgentes.
lar/bek/tgg/feb/age-jz/tt
"Fracasso das negociações com o inimigo russo", anunciou em sua conta no Twitter uma célula que reúne as diferentes facções rebeldes presentes no sul do país em guerra.
"As negociações não levaram a qualquer resultado (...) Nenhuma nova data foi fixada" para a retomada do diálogo", indicou à AFP o porta-voz dessa célula, Ibrahim al-Jabbawi.
A operação militar lançada em 19 de junho passado pelo regime na província de Deraa lhe permitiu avançar, consideravelmente, nessa região, a golpe de letais bombardeios, ou mediante acordos de "reconciliação" patrocinados por Moscou, que mais parecem uma capitulação dos insurgentes.
A rodada de negociações desta quarta era vista como crucial: "seja porque as facções podem aceitar o acordo, ou porque a ofensiva militar pode ser retomada", havia indicado à AFP uma fonte da oposição ligada às negociações na cidade de Deraa, onde os bombardeios cessaram há vários dias.
"Na terça, a delegação russa advertiu os grupos rebeldes que esta quarta seria o último dia para negociar e que teriam que apresentar sua resposta final", disse a fonte, pedindo para não ser identificada.
As partes envolvidas tiveram discussões até a meia-noite de ontem, durante as quais os russos teriam rejeitado as demandas da delegação rebelde.
Os russos rejeitam "o translado de combatentes, ou civis" para outras zonas insurgentes da Síria, indicou a fonte, diferentemente do que havia acontecido após a reconquista de outros redutos rebeldes.
A Rússia exige o abandono, por parte dos rebeldes, das armas pesadas e medianas, "o retorno do Exército (sírio) para seus quartéis", assim como das instituições do governo da região, e também a mobilização da polícia do regime.
O Exército sírio - insistem as forças russas presentes na Síria - deve recuperar suas posições anteriores a 2011 (quando a guerra começou), e a Polícia Militar russa apoiará a corporação local nessa zona.
Nesta terça, ao longo de dez horas de tensas negociações, os rebeldes propuseram um cessar-fogo global, seguido do abandono imediato das armas pesadas, segundo uma cópia do texto consultada pela AFP.
Os rebeldes também exigiam uma retirada das forças do regime das zonas que conquistaram em sua última ofensiva.
Finalmente, reivindicaram que qualquer solução garanta a partida dos combatentes que desejarem fazê-lo junto com suas famílias rumo a outros territórios insurgentes.
lar/bek/tgg/feb/age-jz/tt
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.