Dólar supera os 4 reais pela primeira vez desde março de 2016
São Paulo, 21 Ago 2018 (AFP) - O dólar superou nesta terça-feira (21) a barreira dos 4 reais pela primeira vez desde março de 2016, uma desvalorização atribuída às incertezas das eleições presidenciais de outubro no Brasil.
Por volta das 16h20, a moeda americana era negociada a 4,0330 reais, com uma depreciação de 1,12% da divisa brasileira desde o fechamento dos mercados na segunda-feira.
Desde janeiro, o real perdeu quase 19% de seu valor, afetado pelo aumento dos juros nos Estados Unidos, pelos temores de uma guerra comercial entre Pequim e Washington e a ausência de candidatos pró-mercado fortes para as eleições de outubro, que se apresentam como as mais incertas das últimas décadas.
A tendência baixista foi sentida nas últimas cinco sessões e acentuada na segunda-feira, depois que duas pesquisas divulgadas na segunda-feira revelaram um fortalecimento das intenções de voto a favor do ex-presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva (37%), que cumpre pena de 12 anos e um mês de prisão por corrupção e que dificilmente poderá se apresentar por causa de sua situação judicial.
O candidato de extrema direita Jair Bolsonaro (com 18,8%) aparece em segundo lugar nas pesquisas. Ele, que tradicionalmente era adepto de posições nacionalistas, nos últimos meses tem tentado conquistar os mercados, nomeando um economista ultraliberal como seu ministro de Fazenda, caso seja eleito.
Na depreciação do real dessa terça-feira "há um fator político, que reflete as pesquisas de ontem", disse Alex Agostini, da consultora Austin Rating.
"Há uma preocupações dos investidores devido ao equilíbrio fiscal" que poderia ser ameaçado em caso de vitória de candidatos contrários ou sem força para dar continuidade às medidas de austeridade impostas pelo presidente Michel Temer, acrescentou Agostini.
Por volta das 16h20, a moeda americana era negociada a 4,0330 reais, com uma depreciação de 1,12% da divisa brasileira desde o fechamento dos mercados na segunda-feira.
Desde janeiro, o real perdeu quase 19% de seu valor, afetado pelo aumento dos juros nos Estados Unidos, pelos temores de uma guerra comercial entre Pequim e Washington e a ausência de candidatos pró-mercado fortes para as eleições de outubro, que se apresentam como as mais incertas das últimas décadas.
A tendência baixista foi sentida nas últimas cinco sessões e acentuada na segunda-feira, depois que duas pesquisas divulgadas na segunda-feira revelaram um fortalecimento das intenções de voto a favor do ex-presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva (37%), que cumpre pena de 12 anos e um mês de prisão por corrupção e que dificilmente poderá se apresentar por causa de sua situação judicial.
O candidato de extrema direita Jair Bolsonaro (com 18,8%) aparece em segundo lugar nas pesquisas. Ele, que tradicionalmente era adepto de posições nacionalistas, nos últimos meses tem tentado conquistar os mercados, nomeando um economista ultraliberal como seu ministro de Fazenda, caso seja eleito.
Na depreciação do real dessa terça-feira "há um fator político, que reflete as pesquisas de ontem", disse Alex Agostini, da consultora Austin Rating.
"Há uma preocupações dos investidores devido ao equilíbrio fiscal" que poderia ser ameaçado em caso de vitória de candidatos contrários ou sem força para dar continuidade às medidas de austeridade impostas pelo presidente Michel Temer, acrescentou Agostini.
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