Ex-advogado de Trump se declara culpado e envolve presidente
Nova York, 22 Ago 2018 (AFP) - Michael Cohen, ex-advogado de Donald Trump, se declarou culpado nesta terça-feira de oito crimes em um tribunal de Nova York e revelou que a pedido do atual presidente americano pagou pelo silêncio de duas ex-amantes do então candidato republicano nas eleições de 2016.
Cohen, 51 anos, que foi advogado de Trump durante dez anos, assumiu cinco crimes de sonegação fiscal entre 2012 e 2016, um de fraude bancária e dois delitos de violação da lei de financiamento de campanhas eleitorais.
Ao assumir sua culpa, Cohen disse ao juiz William Pauley que pagou 130 mil e 150 mil dólares durante a campanha eleitoral de 2016 em troca do silêncio de duas mulheres que teriam se relacionado com o presidente, "a pedido do candidato e com a intenção de influenciar na eleição" presidencial.
Cohen não identificou as mulheres, mas os valores foram pagos à atriz pornô Stormy Daniels, que assegura ter mantido um caso com Trump em 2006 (130.000 dólares), e a ex-coelhinha da Playboy Karen McDougal, suposta amante do magnata em 2006 e 2007.
"Você sabia que tudo isto era errado e ilegal?" - perguntou o juiz Pauley. "Sim" - respondeu Cohen com a voz tremula.
As declarações de Cohen dão a entender que Trump pode ter cometido um crime, e foram qualificadas de graves pelo próprio presidente.
Cohen declarou certa vez que era tão leal a Trump que "receberia um tiro" por ele.
Mas isto parece ter mudado quando as autoridades começaram a cercá-lo e em julho disse que sua "lealdade" estava com a mulher, os filhos e o país.
Cohen "se colocou de pé e testemunhou sob juramento que Donald Trump lhe ordenou cometer um crime ao fazer pagamentos a duas mulheres para influenciar na eleição", disse após a audiência o advogado do réu, Lanny Davis.
"Se estes pagamentos foram um crime para Michael Cohen, então por que motivo não o são para Donald Trump?" - questionou Davis.
- Fiança de meio milhão -Cohen foi libertado sob uma fiança de meio milhão de dólares. O juiz Pauley pronunciará a sentença no dia 12 de dezembro, e o advogado poderá receber até cinco anos de prisão por cada um dos crimes de sonegação fiscal, 30 anos por fraude bancário e cinco anos por cada delito de violação da lei de financiamento de campanha.
O promotor federal de Manhattan Robert Khuzami precisou que as acusações de fraude fiscal correspondem à renda não declarada entre 2012 e 2016 totalizando 4,1 milhões de dólares, com pagamento ao fisco de 1,3 milhão.
Em relação à fraude bancária, Cohen não corrigiu um formulário incorreto redigido para pedir um empréstimo de meio milhão de dólares, omitindo que tinha dívidas de 14 milhões de dólares.
As condenações por contribuições ilegais de campanha estão relacionadas aos pagamentos às supostas amantes de Trump.
"São coisas muito graves, que refletem um modo de funcionamento baseado em mentiras e desonestidade, durante um longo período", declarou Khuzami ao sair do tribunal.
A condenação de Cohen ocorre no mesmo dia em que o ex-chefe de campanha de Trump, Paul Manafort, foi considerado culpado de cometer oito crimes de fraude bancária e fiscal.
Cohen, 51 anos, que foi advogado de Trump durante dez anos, assumiu cinco crimes de sonegação fiscal entre 2012 e 2016, um de fraude bancária e dois delitos de violação da lei de financiamento de campanhas eleitorais.
Ao assumir sua culpa, Cohen disse ao juiz William Pauley que pagou 130 mil e 150 mil dólares durante a campanha eleitoral de 2016 em troca do silêncio de duas mulheres que teriam se relacionado com o presidente, "a pedido do candidato e com a intenção de influenciar na eleição" presidencial.
Cohen não identificou as mulheres, mas os valores foram pagos à atriz pornô Stormy Daniels, que assegura ter mantido um caso com Trump em 2006 (130.000 dólares), e a ex-coelhinha da Playboy Karen McDougal, suposta amante do magnata em 2006 e 2007.
"Você sabia que tudo isto era errado e ilegal?" - perguntou o juiz Pauley. "Sim" - respondeu Cohen com a voz tremula.
As declarações de Cohen dão a entender que Trump pode ter cometido um crime, e foram qualificadas de graves pelo próprio presidente.
Cohen declarou certa vez que era tão leal a Trump que "receberia um tiro" por ele.
Mas isto parece ter mudado quando as autoridades começaram a cercá-lo e em julho disse que sua "lealdade" estava com a mulher, os filhos e o país.
Cohen "se colocou de pé e testemunhou sob juramento que Donald Trump lhe ordenou cometer um crime ao fazer pagamentos a duas mulheres para influenciar na eleição", disse após a audiência o advogado do réu, Lanny Davis.
"Se estes pagamentos foram um crime para Michael Cohen, então por que motivo não o são para Donald Trump?" - questionou Davis.
- Fiança de meio milhão -Cohen foi libertado sob uma fiança de meio milhão de dólares. O juiz Pauley pronunciará a sentença no dia 12 de dezembro, e o advogado poderá receber até cinco anos de prisão por cada um dos crimes de sonegação fiscal, 30 anos por fraude bancário e cinco anos por cada delito de violação da lei de financiamento de campanha.
O promotor federal de Manhattan Robert Khuzami precisou que as acusações de fraude fiscal correspondem à renda não declarada entre 2012 e 2016 totalizando 4,1 milhões de dólares, com pagamento ao fisco de 1,3 milhão.
Em relação à fraude bancária, Cohen não corrigiu um formulário incorreto redigido para pedir um empréstimo de meio milhão de dólares, omitindo que tinha dívidas de 14 milhões de dólares.
As condenações por contribuições ilegais de campanha estão relacionadas aos pagamentos às supostas amantes de Trump.
"São coisas muito graves, que refletem um modo de funcionamento baseado em mentiras e desonestidade, durante um longo período", declarou Khuzami ao sair do tribunal.
A condenação de Cohen ocorre no mesmo dia em que o ex-chefe de campanha de Trump, Paul Manafort, foi considerado culpado de cometer oito crimes de fraude bancária e fiscal.
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