Suposta vítima do juiz Kavanaugh aceita testemunhar no Senado americano
Washington, 23 Set 2018 (AFP) - Christine Blasey Ford, mulher que acusa de agressão sexual o juiz Brett Kavanaugh, candidato de Donald Trump à Suprema Corte, aceitou no sábado (22) testemunhar perante o Senado na próxima semana, encerrando assim o suspense sobre o caso.
Ela "aceita o pedido da comissão do Senado de revelar em primeira mão sua experiência do comportamento sexual inapropriado de Brett Kavanaugh na próxima semana", indicaram os advogados de Ford em um texto aos senadores citado pela imprensa americana.
Horas mais tarde, citando fontes familiarizadas com um telefonema entre as comissão e os advogados de Christine, vários veículos da imprensa informaram que o comparecimento pode acontecer na próxima quinta-feira (27).
A Comissão de Justiça e seu presidente, o republicano Chuck Grassley, desejam ouvir seu testemunho, bem como o de Kavanaugh, acusado pela professora universitária de 51 anos de assediá-la durante uma noite de bebedeira na década de 1980 em um subúrbio de Washington.
O magistrado nega a acusação e também concordou em testemunhar.
De acordo com o jornal "The New York Times", os assessores do senador Grassley enviaram um e-mail aos advogados da acadêmica, afirmando que eles deveriam informar, imperativamente até as 14h30 (15h30 no horário de Brasília), se sua cliente aceitava as condições para o testemunho.
Na sexta-feira, Grassley enviou outro ultimato a Blasey Ford e a ameaçou, afirmando que marcaria uma reunião na segunda-feira, dia 24, para confirmar a nomeação do juiz, sem ouvir sua denúncia.
Christine Ford Blasey não quer depor antes de quinta-feira e pretende chamar uma testemunha que estava presente no dia da suposta agressão, que teria ocorrido quando ela tinha 15 anos, e Brett Kavanaugh, 17.
Na sexta-feira, ao expirar o prazo anterior, os advogados de Blasey Ford chamaram de "arbitrária" a exigência dos republicanos em uma mensagem transmitida pela CNN.
Finalmente, pouco antes da meia-noite de sexta-feira, Grassley deu um passo atrás e, em um tuíte ao magistrado disse: "Juiz Kavanaugh: acabo de conceder um novo prazo a Ford. Quero ouvi-la. Espero que compreenda".
Se Kavanaugh for confirmado para este cargo vitalício, os juízes progressistas estarão em minoria por um longo tempo na Suprema Corte, que tem jurisdição sobre inúmeras questões que dividem a sociedade, tais como o direito ao aborto.
Os republicanos querem que a votação aconteça antes das eleições de meio de mandato, em novembro, nas quais podem perder o controle do Congresso.
O presidente Donald Trump reiterou, na sexta-feira, o apoio a seu candidato e pôs em xeque o testemunho da acadêmica Christine Blasey Ford.
"Não tenho dúvida de que, se o ataque contra a doutora Ford foi tão terrível como ela conta, então teria apresentado imediatamente acusações às autoridades locais encarregadas do cumprimento da lei", tuitou.
"Peço que ela traga essas acusações para que possamos saber a data, a hora e o lugar!", acrescentou Trump.
A mensagem de Trump provocou reações imediatas em vários setores, e a hashtag #WhyIDidntReport (#porquenãodenunciei) se tornou o tema mais comentado no Twitter nos Estados Unidos.
Chuck Schumer, líder dos democratas no Senado, declarou que os comentários de Trump revelam uma profunda "incompreensão" do "trauma" que sofrem as vítimas.
Até a denúncia, Kavanaugh, um juiz de tendência conservadora, parecia caminhar para ter seu nome confirmado para esse cargo vitalício.
Segundo Trump, "o juiz Brett Kavanaugh é um bom homem, com uma reputação intocável, que está sendo atacado por políticos radicais de esquerda que não querem saber as respostas. A única coisa que querem é destruir e atrasar. Não lhes importam os fatos. Tenho que lidar com isso todo o dia em D.C. (Washington)".
bur-AB/tu/dg/lda/mr/tt
Ela "aceita o pedido da comissão do Senado de revelar em primeira mão sua experiência do comportamento sexual inapropriado de Brett Kavanaugh na próxima semana", indicaram os advogados de Ford em um texto aos senadores citado pela imprensa americana.
Horas mais tarde, citando fontes familiarizadas com um telefonema entre as comissão e os advogados de Christine, vários veículos da imprensa informaram que o comparecimento pode acontecer na próxima quinta-feira (27).
A Comissão de Justiça e seu presidente, o republicano Chuck Grassley, desejam ouvir seu testemunho, bem como o de Kavanaugh, acusado pela professora universitária de 51 anos de assediá-la durante uma noite de bebedeira na década de 1980 em um subúrbio de Washington.
O magistrado nega a acusação e também concordou em testemunhar.
De acordo com o jornal "The New York Times", os assessores do senador Grassley enviaram um e-mail aos advogados da acadêmica, afirmando que eles deveriam informar, imperativamente até as 14h30 (15h30 no horário de Brasília), se sua cliente aceitava as condições para o testemunho.
Na sexta-feira, Grassley enviou outro ultimato a Blasey Ford e a ameaçou, afirmando que marcaria uma reunião na segunda-feira, dia 24, para confirmar a nomeação do juiz, sem ouvir sua denúncia.
Christine Ford Blasey não quer depor antes de quinta-feira e pretende chamar uma testemunha que estava presente no dia da suposta agressão, que teria ocorrido quando ela tinha 15 anos, e Brett Kavanaugh, 17.
Na sexta-feira, ao expirar o prazo anterior, os advogados de Blasey Ford chamaram de "arbitrária" a exigência dos republicanos em uma mensagem transmitida pela CNN.
Finalmente, pouco antes da meia-noite de sexta-feira, Grassley deu um passo atrás e, em um tuíte ao magistrado disse: "Juiz Kavanaugh: acabo de conceder um novo prazo a Ford. Quero ouvi-la. Espero que compreenda".
Se Kavanaugh for confirmado para este cargo vitalício, os juízes progressistas estarão em minoria por um longo tempo na Suprema Corte, que tem jurisdição sobre inúmeras questões que dividem a sociedade, tais como o direito ao aborto.
Os republicanos querem que a votação aconteça antes das eleições de meio de mandato, em novembro, nas quais podem perder o controle do Congresso.
O presidente Donald Trump reiterou, na sexta-feira, o apoio a seu candidato e pôs em xeque o testemunho da acadêmica Christine Blasey Ford.
"Não tenho dúvida de que, se o ataque contra a doutora Ford foi tão terrível como ela conta, então teria apresentado imediatamente acusações às autoridades locais encarregadas do cumprimento da lei", tuitou.
"Peço que ela traga essas acusações para que possamos saber a data, a hora e o lugar!", acrescentou Trump.
A mensagem de Trump provocou reações imediatas em vários setores, e a hashtag #WhyIDidntReport (#porquenãodenunciei) se tornou o tema mais comentado no Twitter nos Estados Unidos.
Chuck Schumer, líder dos democratas no Senado, declarou que os comentários de Trump revelam uma profunda "incompreensão" do "trauma" que sofrem as vítimas.
Até a denúncia, Kavanaugh, um juiz de tendência conservadora, parecia caminhar para ter seu nome confirmado para esse cargo vitalício.
Segundo Trump, "o juiz Brett Kavanaugh é um bom homem, com uma reputação intocável, que está sendo atacado por políticos radicais de esquerda que não querem saber as respostas. A única coisa que querem é destruir e atrasar. Não lhes importam os fatos. Tenho que lidar com isso todo o dia em D.C. (Washington)".
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