Conselho de Direitos Humanos da ONU pede à Venezuela que aceite ajuda humanitária
Genebra, 28 Set 2018 (AFP) - O Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou nesta quinta-feira uma resolução na qual pede ao governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que aceite a "ajuda humanitária" para solucionar os problemas de "escassez" de alimentos e medicamentos no país.
O texto, proposto por vários países latino-americanos, entre eles Argentina, Peru, Chile e Colômbia, foi adotado por 23 dos 47 Estados representados no Conselho, 16 se abstiveram e sete votaram contra, entre eles China, Cuba e Venezuela.
A resolução pede a Caracas que "aceite a ajuda humanitária com o objetivo de remediar a escassez de alimentos, medicamentos e material médico básico", que tem provocado um "aumento da desnutrição, em particular entre as crianças, e o ressurgimento de doenças que estavam erradicadas ou controladas na América do Sul".
O Conselho se declarou "profundamente preocupado com as graves violações dos direitos humanos, que ocorrem no contexto da crise política, econômica, social e humanitária", tal como revela o relatório do Alto Comissário dos Direitos Humanos da ONU publicado em junho de 2018.
O órgão da ONU em Genebra exorta o governo venezuelano "a cooperar" com o escritório do Alto Comissariado, dirigido desde setembro pela ex-presidente do Chile Michelle Bachelet, a quem pede que apresente um "relatório completo" sobre a situação na Venezuela durante a 41ª sessão do Conselho, que acontecerá em junho de 2019.
- Bachelet pede acesso à Venezuela -Após a resolução do Conselho, Bachelet pediu em um vídeo publicado pela ONU que a Venezuela permita a entrada no país de investigadores do Conselho.
Bachelet destacou que seu gabinete - com ou sem resolução da ONU - tem o mandato para monitorar e relatar sobre a situação dos direitos humanos, e que vai "continuar" fazendo este trabalho.
"Faremos o que se espera de nós, de maneira imparcial, não seletiva, e da forma mais neutra possível, mas para tal é preciso ter acesso a todos os atores".
Maduro reagiu as declarações de Bachelet afirmando que "a Alta Comissária será sempre bem-vinda quando quiser visitar a Venezuela".
O líder venezuelano fez tal declaração após se reunir com o secretário-geral da ONU, António Guterres.
Mais cedo, o presidente do Chile, Sebastián Piñera, pediu à Venezuela que permita a entrada da ajuda humanitária para enfrentar a crise que levou ao exílio mais de dois milhões de venezuelanos nos últimos anos.
A Venezuela "está vivendo uma tragédia porque os seus habitantes estão fugindo de condições ínfimas e precárias de existência", declarou Piñera na Assembleia Geral das Nações Unidas.
"Muitos, muitos estão perdendo - literalmente - as suas vidas por falta de alimentos e por falta de medicamentos", e Maduro "negando esta situação não abre as portas à ajuda humanitária que muitos países estão dispostos a entregar", indicou.
"Como pode ser um presidente tão ambicioso, tão insensível que está disposto a causar esse grau de dor e sofrimento ao próprio povo para se agarrar ao poder?", perguntou Piñera, em referência a Maduro.
Após duas décadas de governos chavistas, a economia venezuelana está à beira do colapso: o país com as maiores reservas de petróleo do mundo atravessa uma forte escassez de alimentos e remédios que empurrou ao exílio 1,6 milhão de venezuelanos desde 2015, e a inflação poderia chegar a 1.000.000% este ano, segundo o FMI.
O texto, proposto por vários países latino-americanos, entre eles Argentina, Peru, Chile e Colômbia, foi adotado por 23 dos 47 Estados representados no Conselho, 16 se abstiveram e sete votaram contra, entre eles China, Cuba e Venezuela.
A resolução pede a Caracas que "aceite a ajuda humanitária com o objetivo de remediar a escassez de alimentos, medicamentos e material médico básico", que tem provocado um "aumento da desnutrição, em particular entre as crianças, e o ressurgimento de doenças que estavam erradicadas ou controladas na América do Sul".
O Conselho se declarou "profundamente preocupado com as graves violações dos direitos humanos, que ocorrem no contexto da crise política, econômica, social e humanitária", tal como revela o relatório do Alto Comissário dos Direitos Humanos da ONU publicado em junho de 2018.
O órgão da ONU em Genebra exorta o governo venezuelano "a cooperar" com o escritório do Alto Comissariado, dirigido desde setembro pela ex-presidente do Chile Michelle Bachelet, a quem pede que apresente um "relatório completo" sobre a situação na Venezuela durante a 41ª sessão do Conselho, que acontecerá em junho de 2019.
- Bachelet pede acesso à Venezuela -Após a resolução do Conselho, Bachelet pediu em um vídeo publicado pela ONU que a Venezuela permita a entrada no país de investigadores do Conselho.
Bachelet destacou que seu gabinete - com ou sem resolução da ONU - tem o mandato para monitorar e relatar sobre a situação dos direitos humanos, e que vai "continuar" fazendo este trabalho.
"Faremos o que se espera de nós, de maneira imparcial, não seletiva, e da forma mais neutra possível, mas para tal é preciso ter acesso a todos os atores".
Maduro reagiu as declarações de Bachelet afirmando que "a Alta Comissária será sempre bem-vinda quando quiser visitar a Venezuela".
O líder venezuelano fez tal declaração após se reunir com o secretário-geral da ONU, António Guterres.
Mais cedo, o presidente do Chile, Sebastián Piñera, pediu à Venezuela que permita a entrada da ajuda humanitária para enfrentar a crise que levou ao exílio mais de dois milhões de venezuelanos nos últimos anos.
A Venezuela "está vivendo uma tragédia porque os seus habitantes estão fugindo de condições ínfimas e precárias de existência", declarou Piñera na Assembleia Geral das Nações Unidas.
"Muitos, muitos estão perdendo - literalmente - as suas vidas por falta de alimentos e por falta de medicamentos", e Maduro "negando esta situação não abre as portas à ajuda humanitária que muitos países estão dispostos a entregar", indicou.
"Como pode ser um presidente tão ambicioso, tão insensível que está disposto a causar esse grau de dor e sofrimento ao próprio povo para se agarrar ao poder?", perguntou Piñera, em referência a Maduro.
Após duas décadas de governos chavistas, a economia venezuelana está à beira do colapso: o país com as maiores reservas de petróleo do mundo atravessa uma forte escassez de alimentos e remédios que empurrou ao exílio 1,6 milhão de venezuelanos desde 2015, e a inflação poderia chegar a 1.000.000% este ano, segundo o FMI.
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