Trump diz que caso Khashoggi é um dos 'piores acobertamentos da história'
Washington, 24 Out 2018 (AFP) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira que a morte do jornalista Jamal Khashoggi no consulado saudita de Istambul foi um dos "piores acobertamentos da história".
"Eles tiveram uma péssima ideia, para começar. Foi mal executada e o acobertamento foi um dos piores da história", declarou Trump do Salão Oval da Casa Branca.
"Assunto ruim. Isto jamais deveria ter sido concebido. Alguém fez besteira e ainda por cima tinham o pior acobertamento da história", afirmou. "Quem quer que tenha tido esta ideia, acho que está metido em grandes problemas", acrescentou.
- "Assasinato selvagem" -Nesta terça, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, prometeu que fará "tudo o que for possível para esclarecer" o assassinato do jornalista, em um momento em que se mantém a pressão internacional sobre Riad.
Erdogan teve um discurso duro e afirmou que Khashoggi foi vítima de um "assassinato selvagem".
Ao ser perguntado sobre o tom de Erdogan, Trump respondeu: "Eu diria que foi bastante duro com a Arábia Saudita".
"Primeiro quero ver os fatos", disse o presidente americano, destacando que Riad tem sido um "excelente aliado" dos Estados Unidos há décadas e reiterando que é um dos maiores investidores no país.
Khashoggi, de 59 anos, um conhecido crítico do reino de Riad, entrou na missão diplomática saudita em Istambul em 2 de outubro e jamais abandonou o prédio.
"O mundo está observando. O povo americano quer respostas e exigiremos que essas respostas cheguem", disse o vice-presidente Mike Pence em um evento realizado no jornal The Washington Post, onde Khashoggi era colunista.
- Revisão de vistos -Os Estados Unidos anunciaram também nesta terça que irão revogar vistos dos sauditas que estejam envolvidos na morte de Jamal Khashoggi no consulado em Istambul.
O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, disse à imprensa que Washington "identificou ao menos alguns dos indivíduos" envolvidos no assassinato.
"Vamos tomar as ações que correspondem, incluindo a revogação dos vistos, a colocação nas listas de vigilância e outras medidas", indicou o secretário.
"Estas sanções não serão a última palavra dos Estados Unidos neste tema. Vamos continuar explorando medidas adicionais", disse o secretário.
"Nós vamos deixar muito claro que os Estados Unidos não toleram este tipo de ações para silenciar o senhor Khashoggi, um jornalista, mediante a violência", acrescentou o diplomata americano.
Os ministros das Relações Exteriores do G7 lamentaram que as "explicações fornecidas" sobre o assassinato do jornalista deixem muitas interrogações.
"A confirmação do assassinato" por parte das autoridades sauditas "é um primeiro passo (...) mas as explicações fornecidas deixam mais perguntas sem resposta", declararam em comunicado os ministros de Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Grã-Bretanha e Estados Unidos.
Os ministros fizeram um apelo à uma investigação "minuciosa, crível, transparente e rápida por parte da Arábia Saudita, em colaboração com as autoridades turcas".
"Eles tiveram uma péssima ideia, para começar. Foi mal executada e o acobertamento foi um dos piores da história", declarou Trump do Salão Oval da Casa Branca.
"Assunto ruim. Isto jamais deveria ter sido concebido. Alguém fez besteira e ainda por cima tinham o pior acobertamento da história", afirmou. "Quem quer que tenha tido esta ideia, acho que está metido em grandes problemas", acrescentou.
- "Assasinato selvagem" -Nesta terça, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, prometeu que fará "tudo o que for possível para esclarecer" o assassinato do jornalista, em um momento em que se mantém a pressão internacional sobre Riad.
Erdogan teve um discurso duro e afirmou que Khashoggi foi vítima de um "assassinato selvagem".
Ao ser perguntado sobre o tom de Erdogan, Trump respondeu: "Eu diria que foi bastante duro com a Arábia Saudita".
"Primeiro quero ver os fatos", disse o presidente americano, destacando que Riad tem sido um "excelente aliado" dos Estados Unidos há décadas e reiterando que é um dos maiores investidores no país.
Khashoggi, de 59 anos, um conhecido crítico do reino de Riad, entrou na missão diplomática saudita em Istambul em 2 de outubro e jamais abandonou o prédio.
"O mundo está observando. O povo americano quer respostas e exigiremos que essas respostas cheguem", disse o vice-presidente Mike Pence em um evento realizado no jornal The Washington Post, onde Khashoggi era colunista.
- Revisão de vistos -Os Estados Unidos anunciaram também nesta terça que irão revogar vistos dos sauditas que estejam envolvidos na morte de Jamal Khashoggi no consulado em Istambul.
O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, disse à imprensa que Washington "identificou ao menos alguns dos indivíduos" envolvidos no assassinato.
"Vamos tomar as ações que correspondem, incluindo a revogação dos vistos, a colocação nas listas de vigilância e outras medidas", indicou o secretário.
"Estas sanções não serão a última palavra dos Estados Unidos neste tema. Vamos continuar explorando medidas adicionais", disse o secretário.
"Nós vamos deixar muito claro que os Estados Unidos não toleram este tipo de ações para silenciar o senhor Khashoggi, um jornalista, mediante a violência", acrescentou o diplomata americano.
Os ministros das Relações Exteriores do G7 lamentaram que as "explicações fornecidas" sobre o assassinato do jornalista deixem muitas interrogações.
"A confirmação do assassinato" por parte das autoridades sauditas "é um primeiro passo (...) mas as explicações fornecidas deixam mais perguntas sem resposta", declararam em comunicado os ministros de Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Grã-Bretanha e Estados Unidos.
Os ministros fizeram um apelo à uma investigação "minuciosa, crível, transparente e rápida por parte da Arábia Saudita, em colaboração com as autoridades turcas".
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