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Terceiro canadense teria sido detido na China

19/12/2018 08h34

Pequim, 19 dez 2018 (AFP) - Um terceiro cidadão canadense foi detido na China - anunciou o jornal de Toronto "National Post", nesta quarta-feira (19), quase três semanas depois da detenção, em Vancouver, de uma diretora do grupo chinês Huawei que enfureceu Pequim.

Segundo o "National Post", um porta-voz do Ministério canadense das Relações Exteriores confirmou para o jornal que um terceiro cidadão canadense foi detido pelas autoridades chinesas.

O porta-voz não relacionou essa detenção com a da diretora financeira da Huawei no Canadá, acrescentou o jornal.

O "National Post" não divulgou a identidade da pessoa detida na China, mas apontou que não se trata, aparentemente, nem de um diplomata, nem de um executivo instalado nesse país.

Em entrevista coletiva, uma porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores disse não estar a par da informação. A embaixada do Canadá em Pequim não respondeu as perguntas da AFP.

Caso se confirme esta nova detenção, seria a terceira, depois da de outros dois canadenses no início da semana passada: o ex-diplomata Michael Kovrig, funcionário do International Crisis Group (ICG), e Michael Spavor, um consultor com vínculos com a Coreia do Norte.

O embaixador do Canadá em Pequim conseguiu se reunir com ambos, acusados de serem uma "ameaça para a segurança nacional".

Embora não relacione as detenções, a China segue indignada com o Canadá desde a prisão, no início de dezembro, da diretora financeira do gigante tecnológico Huawei, Meng Wanzhou, a pedido da Justiça americana.

Meng foi solta sob fiança na semana passada à espera da realização de uma audiência sobre sua extradição para os Estados Unidos. O governo americano a acusa de cumplicidade em fraude para burlar as sanções americanas contra o Irã.

Pequim ameaçou Ottawa com "consequências graves", se Meng não fosse solta de imediato.

"Vamos defender claramente nossos cidadãos que estão detidos. Vamos saber o motivo, vamos trabalhar com a China para mostrar que não é aceitável", garantiu o premiê canadense, Justin Trudeau.

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