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Integrantes de milícia se declaram culpados de atentado contra mesquita nos EUA

25/01/2019 06h11

Chicago, 25 Jan 2019 (AFP) - Dois membros de uma milícia se declararam culpados na quinta-feira por um atentado contra uma mesquita no estado de Minnesota em 2017 com o objetivo de forçar os muçulmanos a abandonar os Estados Unidos.

Michael McWhorter, 29 anos, e Joe Morris, 23, admitiram, como parte de um acordo, a culpa pelas acusações que enfrentavam, incluindo o atentado em agosto de 2017 contra o centro islâmico Dar al Farooq, no subúrbio de Minneapolis.

O ataque não deixou feridos, mas provocou danos no escritório do imã da mesquita, que foi reparado com a ajuda de um movimento de solidariedade inter-religioso.

De acordo com a polícia, McWhorter admitiu que a milícia conhecida como "White Rabbits" cometeu o atentado, usando uma bomba de fabricação caseira, com o objetivo de "assustar" os muçulmanos americanos e mostrar que "não eram bem-vindos aqui".

Jaylani Hussein, representante local do Conselho de Relações Americano-Islâmicas, celebrou a admissão de culpa, mas expressou inquietação pelas ameaças que representam à comunidade muçulmana.

"Estas milícias tomaram como alvo a comunidade muçulmana. E vários de seus blogs se referem à comunidade muçulmana como uma ameaça a eliminar", disse.

O suposto cérebro do atentado contra a mesquita é o fundador da milícia, Michael Hari, de 47 amos.

Hari, que está detido, não integrou o acordo de culpa e enfrenta acusações por crimes de ódio e violações dos direitos civis.

A milícia "White Rabbits" também foi acusada de ter sabotado uma ferrovia canadense e pelo lançamento de uma bomba de fabricação caseira, que não explodiu, contra uma clínica de abortos em Illinois.

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