Deputados pedem ao Banco da Inglaterra que não devolva ouro venezuelano a Maduro
Londres, 28 Jan 2019 (AFP) - Deputados britânicos confirmaram à AFP, nesta segunda-feira (28), terem pedido ao Banco da Inglaterra que não devolva ao regime de Nicolás Maduro o ouro e outros capitais que Caracas tem ali depositados, à espera de uma solução da situação no país.
O deputado conservador Andrew Lewer enviou uma carta ao ministro da Economia, Philip Hammond, na qual assinala que "o novo presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, se viu obrigado a escrever à primeira-ministra (Theresa May) implorando que impeça a transferência de 1,2 bilhão de dólares depositados no Banco da Inglaterra ao regime de Maduro".
O deputado trabalhista Graham Jones também pediu ao governo britânico que impeça a repatriação de 14 toneladas de ouro venezuelano, avaliado em 550 milhões de dólares, pertencentes às reservas internacionais da Venezuela.
"As nossas preocupações são os direitos humanos, a desesperada situação humanitária, a crise dos refugiados e o destino final do ouro, que pertence ao povo venezuelano", disse Jones à AFP.
Questionado sobre um eventual pedido do Estado venezuelano de recuperar as reservas internacionais que tem depositadas em Londres, o Banco da Inglaterra respondeu que "não faz comentários sobre temas" referentes à relação com seus clientes.
Contudo, na opinião de Lewer, "apesar de o Banco da Inglaterra ser operacionalmente independente, agora é uma questão de Estado, não um tema de confidencialidade com os clientes".
E apesar de "todas as informações assinalarem que o banco não liberou o capital", pediu em sua carta a Hammond que o presidente da entidade "faça um anúncio claro de que o Banco se negará a entregar esses fundos".
A Chancelaria britânica não respondeu às perguntas da AFP sobre as supostas intenções do governo de Caracas de repatriar o capital depositado em Londres.
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