Mais de 2.500 crianças vivem em campos na Síria, afirma ONG
Beirute, 20 Fev 2019 (AFP) - Mais de 2.500 crianças de 30 países vivem em condições precárias em três campos para deslocados no nordeste da Síria, depois de fugirem dos últimos redutos do grupo extremista Estado Islâmico (EI), denunciou nesta quinta-feira a entidade humanitária Save the Children.
Essa organização fez um chamado aos países de origem dessas crianças a "tomarem ações para garantir a segurança de seus cidadãos", enquanto tropas árabe-curdas enfrentam o EI em seus últimos redutos em um território próximo à fronteira com o Iraque.
Essas crianças "precisam de ajuda especializada para se recuperarem de suas experiências e retornarem à normalidade, junto com suas famílias", indicou a entidade humanitária em uma nota.
Essa ajuda "é impossível nos campos situados em uma zona de combates altamente volátil. A comunidade internacional deve agir agora, antes que seja tarde demais", apontou a entidade.
O duro inverno que castigou toda a região "deixou os campos em uma situação desesperadora, na qual as crianças enfrentam riscos que ameaçam suas vidas".
Para a diretora dessa organização humanitária para a Síria, Sonia Khush, estas crianças são "vítimas do conflito e devem ser tratadas como tais".
"Todas as nações cujos nacionais estão presos na Síria devem se responsabilizar por seus cidadãos", indicou.
Alguns países, admitiu, "começaram a fazer isso", mas no entanto acrescentou que "muitos países, incluindo alguns europeus, ainda têm que dar passos para garantir a segurança das crianças e suas famílias".
A Save the Children chamou os países a repatriarem as crianças e suas famílias "com o propósito de reabilitação e reintegração, em cumprimento com a lei internacional, incluindo o direito a um julgamento justo, quando for apropriado".
lar/hc/par/ahg/db/cc
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