Pell, condenado por pedofilia, não é mais secretário de Economia do Vaticano
Cidade do Vaticano, 26 Fev 2019 (AFP) - O cardeal australiano George Pell, culpado de ter agredido sexualmente dois menores por um tribunal de Melbourne (Austrália), não é mais secretário de Economia do Vaticano, anunciou a Santa Sé na noite desta terça-feira (26).
"Posso confirmar que o cardeal George Pell já não é prefeito da Secretaria de Economia", escreveu no Twitter o porta-voz do Vaticano Alessandro Gisotti, referindo-se ao terceiro cargo mais importante do Vaticano.
George Pell foi nomeado para esse cargo em fevereiro de 2014, e o mandato normalmente dura cinco anos.
A decisão contra ele foi feita em 11 de dezembro por um tribunal, mas só foi divulgada nesta terça-feira por motivos legais.
"O cardeal George Pell sempre defendeu sua inocência e continua fazendo isso", indicaram seus advogados em um comunicado, acrescentando que vão apelar da decisão.
Trata-se de um novo revés para a Igreja católica, que acaba de organizar uma cúpula histórica sobre a luta contra a pedofilia.
"É uma notícia dolorosa", afirmou a Santa Sé, que expressou seu "profundo respeito" pela justiça australiana e lembrou que o cardeal Pell "reiterou sua inocência e tem direito a se defender até a última instância".
O tribunal de Melbourne considerou o cardeal de 77 anos culpado de agressão sexual e atentado ao pudor contra dois coroinhas de 12 e 13 anos.
Pell foi considerado culpado de ter imposto uma felação a um deles e de ter se masturbado esfregando-se contra o outro adolescente.
Os acontecimentos remontam aos anos 1990, na sacristia da catedral Saint-Patrick de Melbourne, da qual Pell, figura do tradicionalismo católico australiano, era arcebispo.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.