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Estado Islâmico pede em vídeo que seus combatentes resistam ao cerco

12/03/2019 13h16

Beirute, 12 Mar 2019 (AFP) - O grupo do Estado Islâmico (EI) enviou uma mensagem aos jihadistas entrincheirados na última fortaleza do grupo no leste da Síria pedindo para que resistam ao cerco porque "a batalha não acabou".

O vídeo, publicado nas mensagens do Telegram e intitulado "The Sense of Perseverance", mostra quatro homens conversando.

Como pano de fundo, é possível ver imagens da última fortaleza do grupo na cidade de Baghuz, no leste da Síria.

A divulgação deste vídeo na noite de segunda-feira coincide com o mais recente ataque das Forças Democráticas Sírias (FDS), uma aliança curdo-árabe apoiada pela coalizão antijihadista liderada pelos Estados Unidos, ao último reduto do grupo.

"Embora tivéssemos vários milhares de quilômetros e tenhamos agora poucos quilômetros restantes e que digam que perdemos (...) Deus tem outros critérios", afirma um homem com um kufiya preto e branco, que se diz chamar Abu Abdel Athim.

"Eles cortam as estradas e nos colocam sob cerco, mas o caminho de Deus está aberto (...) a batalha não acabou", continua ele, cercado por dois homens e um menino vestido com uma jaqueta com capuz.

O vídeo é datado no mês de "Rayab 1440", que começa na sexta-feira de acordo com o calendário islâmico.

"Por que os aviões estão nos bombardeando? Por que todas as nações do mundo infiel se unem para lutar contra nós?", pergunta o homem que introduz vários versos do Alcorão em seu discurso.

"Qual foi o nosso erro? Qual é o nosso crime? Queremos aplicar a lei de Deus", acrescenta o jihadista.

"Não tenham medo", afirma outro homem.

Ao fundo, é possível ouvir explosões ao longe, seguidas do barulho de um avião.

O vídeo também mostra imagens de distribuição de sopa nos acampamentos do EI, bem como homens, mulheres e crianças que andam entre as barracas, caminhões e motocicletas em meio ao caos.

O vídeo não pôde ser autenticado, mas essas cenas são semelhantes às vistas por jornalistas da AFP no último reduto da EI durante os últimos dias.

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