Curdos do Iraque recordam devastador ataque químico de Sadam Hussein
Halabja, Iraque, 16 Mar 2019 (AFP) - Centenas de curdos iraquianos recordaram neste sábado em Halabja, no nordeste do país, o ataque devastador com armas químicas que causaram cerca de 5 mil mortes em 1988, e que foram ordenadas pelo então líder Saddam Hussein.
O massacre de Halabja é considerado o pior ataque com armas químicas contra civis na história.
Parentes de vítimas desfilaram com fotos de seus entes queridos para lembrar o ataque de 16 de março de 1988.
Naquele dia, a aviação iraquiana bombardeou a cidade por cinco horas com uma mistura mortal de gases tóxicos, incluindo gás mostarda, disseram especialistas.
O ataque foi uma retaliação pelo apoio que os peshmergas (combatentes curdos) deram ao exército iraniano na sangrenta guerra que opôs Bagdá contra Teerã entre 1980 e 1998.
A maioria das mortes foi de mulheres e crianças.
A cidade tem atualmente 200.000 habitantes. Trinta e um anos depois, as autoridades locais ainda estão esperando por algum tipo de indenização e tratamentos específicos para muitas pessoas que ainda sofrem com problemas respiratórios relacionados a esse ataque.
"O governo curdo, as autoridades centrais iraquianas e a comunidade internacional têm uma dívida para com Halabja", disse o governador da província, Azad Tawfiq.
O sobrinho e principal assessor de Saddam Hussein, general Ali Hassan al Majid, apelidado de "Ali, o alquimista", foi enforcado em 2010, após um julgamento, principalmente por causa do massacre de Halabja.
Saddam Hussein foi enforcado em 2006.
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