Dois mortos em tiroteio em universidade dos EUA
Charlotte, Estados Unidos, 1 Mai 2019 (AFP) - Duas pessoas morreram e outras quatro ficaram feridas nesta terça-feira (30) em um tiroteio no campus de Charlotte da Universidade da Carolina do Norte, informaram a instituição e a imprensa.
O escritório de gestão de emergência da universidade tuitou um alerta reportando que tiros haviam sido ouvidos no campus logo após as 18h locais (19h de Brasília), no último dia de aulas do ano letivo.
"Corram, se escondam, lutem. Protejam-se imediatamente", dizia a mensagem.
Os serviços de emergência revelaram que duas pessoas morreram, outros dois estudantes ficaram gravemente feridos e dois sofreram lesões menos sérias.
O departamento de polícia local identificou o atirador como Trystan Andrew Terrell, 22 anos.
Um canal local afiliado à rede Fox revelou que os mortos tinham 17 e 18 anos.
A emissora de televisão local WSOC-TV, afiliada da rede ABC, confirmou que duas pessoas foram assassinadas, e que quatro estão feridas, sendo duas em estado grave.
"Local seguro. Um detido. Não há razão para acreditar no envolvimento de outras pessoas", tuitou o Departamento de Polícia de Mecklenburg, acrescentando que forças de segurança e funcionários da universidade estavam vasculhando os prédios no campus em busca de pessoas ainda escondidas.
A prefeita de Charlotte, Vi Lyles, disse ter ficado "em choque" após saber do ataque.
"Meus pensamentos estão com as famílias daqueles que perderam a vida, os feridos, toda a comunidade da UNCC e os corajosos socorristas que entraram em ação para ajudar os outros", escreveu no Twitter.
Vídeos divulgados nas redes sociais mostravam estudantes saindo do campus com as mãos para cima.
"Foi uma experiência realmente aterrorizante escutar tiros e ter que correr (...). Jamais pensei em viver algo assim", disse um estudante à rede NBC News.
- Controle de armas -Os disparos ocorreram dias depois de um adolescente abrir fogo em uma sinagoga em Poway, Califórnia, matando uma pessoa e ferido outras três - o último de uma série de ataques a tiros em todos os Estados Unidos.
Segundo cifras oficiais, 40 mil pessoas foram mortas por armas de fogo nos Estados Unidos em 2017 - dois terços deles em suicídios - a cifra anual mais alta em cinco décadas.
O debate sobre o controle de armas nos Estados Unidos revive a cada tiroteio, que ocorrem com muita frequência.
Contudo, ao longo de décadas não foi encontrada uma solução que satisfaça aqueles que buscam um controle mais rígido das armas para reduzir estas tragédias e os que defendem a garantia ao direito constitucional de posse.
Enquanto legisladores republicanos têm obtido êxito em evitar o que eles descrevem como um ataque ao direito de ter armas, estabelecido na segunda emenda da Constituição dos Estados Unidos, os esforços por um maior controle estão ganhando força.
A quantidade de armas de fogo em circulação segue crescendo (atualmente 393 milhões numa nação com 326 milhões de habitantes), e os atentados a tiro se tornaram uma parte regular e inquietante da vida dos americanos.
Os piores tiroteios ocorreram na escola elemental Sandy Hook, em Newton, Connecticut, em 2012 quando 20 jovens e seis adultos foram assssinados, e na escola secundária Marjorie Stoneman Douglas, em Parkland, Florida, no ano passado, com 17 mortos.
Mas o poder do influente lobby a favor das armas e uma longa tradição a favor de sua posse têm evitado uma melhora na segurança.
sdu/elm/dga/lb/lp/lca
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