Las Vegas e Nova Orleans: o que se sabe sobre ataques nos EUA no Ano-Novo

Quinze pessoas morreram e mais de 30 pessoas ficaram feridas em um atropelamento em Nova Orleans na noite de Ano-Novo. No primeiro dia do ano, um cybertruck da Tesla pegou fogo em frente ao hotel de Trump em Las Vegas, deixando um morto e sete feridos.

As autoridades investigam uma possível relação entre os ataques, embora o FBI já tenha afirmado que, até o momento, não há "vínculo conclusivo" entre os dois acontecimentos.

Nos dois casos, os carros usados foram alugados por intermédio do aplicativo de veículos compartilhados Turo. Confira o que se sabe até agora sobre os ataques.

O que aconteceu em Nova Orleans

14 mortos atropelados e mais de 30 feridos. Um homem lançou uma caminhonete contra uma multidão que comemorava a chegada de 2025 em Nova Orleans, no estado da Louisana. Com a morte do autor, o número de fatalidades é 15. Dois policiais foram feridos.

Suspeito é veterano do exército americano. Ele foi identificado como Shamsud Din Jabbar, um americano de 42 anos que vivia no Texas e morreu em troca de tiros com a polícia. Uma bandeira do grupo terrorista ISIS foi encontrada em seu carro.

Shamsud Din Jabbar atropelou e matou 10 pessoas e deixou outras 30 feridas
Shamsud Din Jabbar atropelou e matou 10 pessoas e deixou outras 30 feridas Imagem: Divulgação/FBI

Pentágono confirmou que ele serviu no Exército entre 2007 e 2015. Jabbar foi especialista em RH e informática, sendo reservista até 2020. Ele foi destacado para o Afeganistão de fevereiro de 2009 a janeiro de 2010, onde chegou a ocupar o posto de sargento.

Lealdade ao Estado Islâmico. As autoridades destacaram o surgimento de provas indicando que o suspeito professava lealdade ao grupo jihadista. O presidente Joe Biden afirmou que, antes do ataque, Jabbar publicou vídeos dizendo agir "inspirado" pelo ISIS.

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Homem vestia roupas militares e carregava uma pistola e um fuzil. Ele também estava carregando um possível dispositivo explosivo improvisado. O FBI está investigando o incidente como um "ato de terrorismo".

Investigadores procuram saber se o autor mantinha ligações políticas ou religiosas com a organização terrorista. Uma dessas fontes também afirmou que havia explosivos em uma caixa térmica dentro do veículo usado no ataque.

O que aconteceu em Las Vegas

Um morto e sete feridos. Um cybertruck da Tesla pegou fogo do lado de fora do Trump Hotel Las Vegas no primeiro dia do ano. Reportagens relataram que o caso estava sendo investigado como um possível ato terrorista.

Fogos e tanques de gasolina foram encontrados no carro. O autor foi identificado como Matthew Livelsberger, 37, que era membro de uma unidade de forças especiais do Exército. Ele servia nas forças armadas desde 2006 e estava em licença aprovada.

Vídeos feitos por testemunhas dentro e fora do hotel de Las Vegas mostraram o veículo explodindo. O Hotel Trump International em Las Vegas faz parte da Organização Trump, a empresa do presidente eleito dos EUA, Donald Trump.

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Elon Musk, presidente-executivo da Tesla, disse que a fabricante de carros elétricos estava investigando o incêndio. Horas depois, ele afirmou que a explosão teria sido causada por fogos de artifício ou bomba que estava sendo transportada no veículo.

Polícia afirmou que o cybertruck foi alugado no Colorado. O veículo chegou a Las Vegas por volta das 7h30, e o motorista dirigiu pela famosa via Strip da cidade, repleta de hotéis, cassinos e locais de entretenimento, até chegar ao hotel.

Livelsberger tinha um ferimento de bala na cabeça. Especialistas consideram que isso sugere que o suposto autor do ataque se suicidou antes da explosão. Segundo as autoridades, a motivação do ato permanece desconhecida.

Casos podem estar relacionados?

Biden confirmou que autoridades investigavam relação entre ataques. No entanto, o agente do FBI Jeremy Schwartz afirmou que a polícia trabalha com a possibilidade de serem dois eventos isolados.

Jabbar teria agido sozinho. De acordo com o FBI, apurações iniciais indicavam que o autor do ataque de Nova Orleans teria cúmplices foragidos. Posteriormente, no entanto, as investigações apontaram que Shamsud Din Jabbar agiu sozinho.

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Nos dois casos, os carros usados foram alugados por intermédio do aplicativo de veículos compartilhados Turo. Segundo o xerife de Las Vegas, trata-se de uma "coincidência". Porta-voz do aplicativo disse que a empresa está colaborando com a polícia.

FBI afirma que não há "vínculo conclusivo" entre ataques. "Neste momento, não há um vínculo conclusivo entre o ataque de Nova Orleans e o de Las Vegas", afirmou Christopher Raia, um alto funcionário do FBI em uma coletiva de imprensa.

*Com informações da Reuters, RFI e AFP

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