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Boris Johnson amplia vantagem para substituir May, restam quatro candidatos

Conservador Boris Johnson durante lançamento de sua candidatura como primeiro-ministro - Tolga Akmen/AFP
Conservador Boris Johnson durante lançamento de sua candidatura como primeiro-ministro Imagem: Tolga Akmen/AFP

19/06/2019 15h37

O ex-chanceler britânico Boris Johnson aumentou, nesta quarta-feira (19), sua vantagem na corrida para suceder à agora ex-premiê Theresa May como líder do Partido Conservador e chefe de governo, em uma terceira rodada destas primárias.

Quatro candidatos continuam na disputa.

Boris Johnson obteve 143 votos dos 313 deputados conservadores nesta quarta-feira. De acordo com o Partido Conservador, na terça, Boris conquistou 126 votos e, na sexta-feira passada, 114.

"Obrigado mais uma vez a amigos e colegas por seu apoio na terceira votação, especialmente no meu aniversário. Percorremos um longo caminho até aqui, mas ainda há muito por fazer", tuitou Johnson, que completou 55 anos hoje.

Esta terceira rodada eliminou um dos cinco candidatos que resistiam até agora: o ministro de Desenvolvimento Internacional, Rory Stewart, de 46, que obteve apenas 27 apoios. Ele era o único que descartava por completo a possibilidade de um Brexit sem acordo, situação temida pelos círculos empresariais, devido às suas caóticas consequências para a economia.

Além do popular e polêmico ex-ministro das Relações Exteriores e ex-prefeito de Londres, continuam na briga rumo a Downing Street o atual chanceler, Jeremy Hunt (54 votos); o ministro do Meio Ambiente, Michael Gove (51); e o ministro do Interior, Sajid Javid (38).

Na quinta-feira (20), em uma quarta e quinta rodadas de votação, dois deles serão eliminados para determinar sobre quem recairá a difícil missão de tentar conter o avanço de Johnson. Um dos políticos mais populares do país, ele também é um dos mais polarizadores.

A partir de sábado, Johnson e seu oponente farão uma campanha que os levará a todos os cantos do país para apresentarem seus programas aos 160.000 membros do partido. São eles que terão a última palavra em uma votação prevista para acontecer no final de julho.

O vencedor será o novo líder do Partido Conservador e, com isso, assumirá o cargo de primeiro-ministro, ocupado até então por Theresa May. Ela se viu obrigada a renunciar diante de sua incapacidade para convencer o Parlamento a aprovar o acordo de Brexit negociado com a União Europeia.

Concluir a saída britânica da UE será a prioridade número um do novo chefe de governo.

Inicialmente previsto para 29 de março de 2019, o Brexit foi decidido por 52% dos votos em um referendo em 2016. Teve de ser adiado duas vezes, a última delas, para 31 de outubro.