Rede mundial de reservas da biosfera da Unesco adiciona 18 sítios
Paris, 19 Jun 2019 (AFP) - A Unesco adicionou 18 novos sítios, em 12 países, à sua rede mundial de reservas da biosfera, que agora conta com 701 em todos os continentes, informou nesta quarta-feira a organização.
O objetivo destas reservas, que se encontram em 124 países, é conciliar a conservação da biodiversidade e as atividades humanas através de um uso sustentável dos recursos naturais.
Pela primeira vez se integrou uma reserva da biosfera situada na Suazilândia, nos montes Libombos, que se estende entre Moçambique e África do Sul. Este sítio abriga ecossistemas florestais, pântanos e savanas, que incluem 88 espécies de mamíferos, entre eles o rinoceronte branco e o leopardo africano, segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, com sede em Paris.
Também foram designados três sítios na Espanha (Aldo Turia, La Siveria e Valle del Cabriel), dois na Itália (Pó Grande e Alpes Julianos) e dois na Suécia (Vindelälven-Juhtatdahka, no Círculo polar ártico, e Voxnadalen, no centro do país).
A inscrição da reserva de Nordhordland, região de pecuária e piscicultura, marca o regresso da Noruega ao programa da ONU, 22 anos depois da retirada de seu único sítio, a Reserva da biosfera do Nordeste Salvbard, segundo o comunicado.
Na Ásia, foram reconhecidos cinco sítios: dois na Coreia (Gangwon e o rio Imjin de Yeoncheon), dois na Indonésia (Saleh-Moyo-Tambora e Togian Tojo Una-Una, em um arquipélago com 483 ilhas situadas nas Celebes), e um no Japão (sítio de Kobushi, que compreende a maior parte das montanhas de Kanto).
A Unesco também anunciou a extensão de oito reservas da biosfera já existentes, três na Espanha e duas no Chile.
"Há urgência em agir a favor da biodiversidade, por nosso patrimônio ambiental comum", destacou no comunicado Audrey Azoulay, diretora-geral da Unesco. "Cada reserva da biosfera da Unesco é um laboratório a céu aberto para o desenvolvimento sustentável, para oferecer respostas concretas e sustentáveis, inovar e compartilhar as boas práticas", acrescentou.
Adotado no início dos anos 1970, o Programa sobre o Homem e a Biosfera da Unesco tem como objetivo melhorar as relações entre o ser humano e seu entorno natural. "É uma iniciativa pioneira que está na origem da noção de desenvolvimento sustentável", afirma a organização da ONU.
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