Proteção de Cuba a Maduro impede eleições justas na Venezuela, diz Pompeo
Guayaquil, Equador, 20 Jul 2019 (AFP) - O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, disse neste sábado no Equador que enquanto Cuba continuar protegendo o presidente Nicolás Maduro não haverá "eleições justas e equitativas" na Venezuela, como reivindica a oposição.
"Enquanto os cubanos continuarem protegendo Maduro, não será possível realizar eleições justas e equitativas", disse Pompeo em uma coletiva de imprensa com o mandatário equatoriano, Lenín Moreno, a quem visitou no porto de Guayaquil (sudoeste).
Pompeo acrescentou, em uma declaração em inglês que foi traduzida, que lhe "parece incompreensível que se possam realizar eleições livres e justas se Maduro continua" no poder e que "pode haver alguma forma criativa de deixá-lo de fora".
A vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, se dirigiu na sexta em Manágua ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para pedir que pare de intervir nos assuntos internos da Nicarágua, Cuba e Venezuela.
Washington é o principal apoio do líder opositor Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por mais de 50 países, incluindo o Equador.
Com mediação da Noruega, missões de Maduro e de Guaidó mantêm um diálogo reservado em Barbados.
A oposição busca que Maduro se afaste do poder e que sejam convocadas novas eleições, ao considerar que seu segundo mandato, iniciado em janeiro passado, foi o resultado de eleições fraudulentas.
"Sem minimizar o que está acontecendo em Barbados, as negociações, é inconcebível que sejam realizadas eleições que realmente representem o povo venezuelano se Maduro continua presente no país", afirmou Pompeo.
O secretário de Estado americano está fazendo uma viagem pela América Latina que começou na Argentina e continuará no domingo em El Salvador e México, onde se reunirá com os presidentes Nayib Bukele e Andrés Manuel López Obrador, respectivamente.
Pompeo se reuniu com Moreno em um hotel de Guayaquil por cerca de uma hora para conversar sobre as relações bilaterais, a situação regional e a cooperação em temas como a luta contra o narcotráfico e a corrupção.
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