Famílias separadas pela política migratória de Trump processam governo dos EUA
Cinco mães guatemaltecas que foram separadas de seus filhos durante a política de tolerância zero contra a imigração irregular adotada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, iniciaram nesta quinta-feira uma ação judicial para exigir indenizações pelo "tratamento cruel" recebido.
"Os cinco pais e seus filhos (...) afirmam que o governo dos Estados Unidos os submeteu de forma intencional a um trauma excepcional que terá implicações durante toda a sua vida", disse a American Immigration Council, uma das organizações que promove a ação.
Segundo a ação apresentada a um tribunal federal do Arizona, os menores envolvidos tinham entre 5 e 12 anos, e o trauma que sofreram "não foi algo imprevisto dentro da política" do governo. "Este era o propósito. O governo pretendia infligir um dano emocional para dissuadir os pais e seus filhos a buscar asilo neste país".
Trump lançou em 2018 uma política de "tolerância zero" na fronteira com o México, o que levou à separação de mais de 2.300 crianças de seus pais e foi suspensa após uma onda de indignação.
As cinco mulheres ficaram detidas em centros de confinamento no Arizona, onde permaneceram separadas de seus filhos durante mais de dois meses, período no qual receberam informação "muito limitada" sobre as crianças.
Segundo os advogados, um menino ainda é incapaz de dormir sem sua mãe, outro tem problemas para dormir e uma menina sofre de pesadelos recorrentes.
Trina Realmuto, diretora de litígios da American Immigration Council, explicou à AFP que "não se trata de dinheiro, e sim de ajudar nossos clientes que sofreram de uma forma horrível e de responsabilizar o governo".
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