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Casos de coronavírus disparam em Oklahoma após comício de Trump

20.jun.2020 - Trump com eleitores durante o comício em Tulsa, retomando a campanha presidencial - Divulgação
20.jun.2020 - Trump com eleitores durante o comício em Tulsa, retomando a campanha presidencial Imagem: Divulgação

De Los Angeles

09/07/2020 08h16

O número de casos de covid-19 em Tulsa, no sul de Oklahoma, aumentou pouco mais de duas semanas depois que o presidente Donald Trump realizou um comício eleitoral na cidade, informou na quarta-feira a autoridade de saúde local.

Depois que o número de diagnósticos positivos diminuiu 20% entre a semana de 28 de junho e 4 de julho, o Departamento de Saúde de Tulsa registrou mais de 200 novos casos diariamente desde segunda-feira, chegando a 266 na quarta.

Quando perguntado se essa explosão de casos foi provocada pelo evento da campanha de Trump em 20 de junho, o diretor de saúde de Tulsa, Bruce Dart, disse que estava "mais do que provável" ligado a "vários eventos importantes que ocorreram recentemente na duas semanas."

Milhares de apoiadores do presidente participaram desse comício, o primeiro desde o início da pandemia, que ocorreu em um estádio.

O evento chamou a atenção por contar com uma multidão num local fechado, sem distanciamento social e relutante em usar máscaras, como o próprio presidente.

Os organizadores mediram a temperatura na entrada do público e distribuíram máscaras, cujo uso não era obrigatório. E as imagens mostraram uma esmagadora maioria do público com o rosto descoberto.

Vários membros da equipe de campanha republicana testaram positivo para covid antes e depois do comício de Tulsa, assim como vários agentes do Serviço Secreto, responsáveis pela segurança do presidente.

Milhares de pessoas também haviam participado das celebrações do "Juneteenth" em Tulsa no dia anterior, data da libertação dos últimos escravos no Texas em 1865.

Ao contrário do comício de Trump, quase todos os participantes dessa celebração ao ar livre usavam máscaras e mantinham a distância social necessária, afirmou um jornalista da AFP.