Protesto contra gestão da covid-19 no Peru deixa três indígenas mortos
Três indígenas morreram e 17 ficaram feridos em um confronto entre policiais e nativos que protestavam contra a contaminação e a gestão da pandemia em frente ao acampamento de uma petroleira canadense, em um lugar remoto da Amazônia peruana, informou neste domingo (9) o governo.
"Lamentavelmente, não são dois nativos falecidos, nos acabam de informar que são três", declarou o ministro do Interior, Jorge Montoya, à rádio RPP.
O confronto aconteceu por volta da meia-noite de sábado, quando cerca de 70 nativos armados com lanças tentaram tomar à força o acampamento da empresa canadense PetroTal na região de Loreto, no noroeste do Peru.
Os indígenas exigiam que a empresa interrompessem as atividades no poço de petróleo conhecido como Lote 95, alegando a contaminação da terra. Neste domingo, a PetroTal anunciou a suspensão de suas operações na região, onde estão uma centena de trabalhadores.
Segundo o Ministério do Interior, o confronto começou quando os indígenas, que também estariam armados de escopetas, dispararam e feriram um policial, um relato que foi refutado pela Organização Regional dos Povos Indígenas da Amazônia Norte do Peru (Orpio).
"A polícia começou a atirar e acabaram atingindo uns aos outros devido à escuridão", diz a versão da organização, que afirmou que os indígenas não tinham armas de fogo.
O protesto tinha como objetivo expressar a rejeição com "a empresa petroleira e o Estado, diante do abandono e a morte de familiares por falta de tratamento e medicamentos por causa da COVID-19", completou.
Loreto, onde nasce o rio Amazonas e que tem fronteira com Brasil, Colômbia e Equador, é a região mais extensa e menos povoada do Peru, mas que se vê bastante afetada pela pandemia.
Com 33 milhões de habitantes, o Peru regista mais de 470.000 casos e supera os 20.000 óbitos pelo coronavírus.
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