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Donald Trump escreveu a Assad sobre jornalista americano sequestrado na Síria

Presidente dos EUA, Donald Trump, enviou uma carta para o sírio Bashar al-Asad - CARLOS BARRIA
Presidente dos EUA, Donald Trump, enviou uma carta para o sírio Bashar al-Asad Imagem: CARLOS BARRIA

Da AFP, em Washington

14/08/2020 11h51

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, escreveu pessoalmente para seu colega sírio Bashar al-Assad sobre o caso do jornalista Austin Tice, sequestrado há oito anos na Síria, revelou o secretário de Estado, Mike Pompeo, hoje.

"O governo dos Estados Unidos tentou várias vezes discutir a libertação de Austin com as autoridades sírias. O presidente Trump escreveu a Bashar al-Assad em março para sugerir um diálogo direto", disse Pompeo em um comunicado no oitavo aniversário do desaparecimento do jornalista.

Em março, Trump disse que os EUA haviam "escrito uma carta" às autoridades de Damasco, sem especificar que era uma carta pessoal dele para Assad, o qual Washington exige que saia do poder.

Também disse não saber se Austin Tice estava vivo.

Poucas informações foram divulgadas sobre o sequestro que ocorreu em 14 de agosto de 2012 perto de Damasco, quando o fotojornalista independente Austin Tice, então com 31 anos, trabalhava para o grupo McClatchy, The Washington Post, CBS, AFP (Agence France Presse) e outros veículos.

Em 2018, os Estados Unidos ofereceram uma recompensa de US$ 1 milhão por qualquer informação que permitisse encontrar o rastro de Tice.

Um ano depois, o governo estimou que ele ainda estava vivo. Sua mãe, Debra Tice, disse em janeiro que tinha "informações confiáveis" nesse sentido, apesar de não ter especificado com maiores detalhes.

O jornalista apareceu em um vídeo em setembro de 2012 com os olhos vendados, mas não se sabe a identidade de quem o filmou na Síria.

"Ninguém deveria duvidar do compromisso do presidente em trazer para casa todos os cidadãos americanos feitos reféns ou presos injustamente no exterior. Essa determinação é mais forte do que nunca quando se trata de Austin Tice", enfatizou Pompeo, que disse esperar "que um comunicado como este não seja necessário daqui um ano".