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UE prepara proposta de 'passe verde' para quem já foi vacinado contra covid

Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, discursa no Parlamento europeu em Bruxelas - Reuters
Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, discursa no Parlamento europeu em Bruxelas Imagem: Reuters

01/03/2021 10h14

Bruxelas, 1 Mar 2021 (AFP) - A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou hoje que em março apresentará propostas para a implementação de um "passe verde" de aceitação comum na UE (União Europeia) sobre a vacinação contra a covid-19.

"Vamos apresentar este mês uma proposta legislativa para o Passe Verde Digital", anunciou no Twitter, explicando que a iniciativa teria como objetivo fornecer tanto a prova da vacinação como os resultados de testes de detecção de contágio.

Separadamente, durante uma reunião com eurodeputados, Von der Leyen disse que a Comissão tentará "nos próximos meses" criar uma base técnica para um certificado digital aceito nos 27 países membros.

O termo "passe verde" usado por Von der Leyen é o mesmo usado por Israel para se referir a um documento digital ou impresso que demonstra que o portador foi inoculado e, portanto, pode entrar em locais de entretenimento, esportivos e gastronômicos.

A UE vive atualmente um intenso debate sobre como esse passe verde europeu poderia ser usado.

Países que dependem de uma retomada do turismo, como a Grécia, e companhias aéreas, aspiram que o documento sirva como um 'passaporte de saúde' que permita aos imunizados evitar exames ou quarentenas durante as viagens.

No entanto, a maioria dos países da UE —liderados pela França e Alemanha— considera que é prematuro tal iniciativa.

Esses países argumentam que tal medida poderia dividir as sociedades de tal forma que as pessoas inoculadas passariam a desfrutar de uma vida livre de restrições, enquanto a maioria, enquanto aguarda sua vacina, continuaria sob regulamentações restritivas.