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Manifestações pró-palestinos em Londres e Madri reúne milhares de pessoas

Grupo de manifestantes pró-palestina protesta em Londres em frente à embaixada israelense - Tolga Akmen/AFP
Grupo de manifestantes pró-palestina protesta em Londres em frente à embaixada israelense Imagem: Tolga Akmen/AFP

Em Londres (Inglaterra)

15/05/2021 10h09

Milhares de pessoas protestaram neste sábado (15) no centro de Londres em apoio ao povo palestino e para pedir ao governo britânico que intervenha para impedir a operação militar israelense.

Os manifestantes se reuniram ao meio-dia em Marble Arch, próximo ao Hyde Park, de onde caminharam em direção à embaixada israelense, atravessando o parque, agitando bandeiras palestinas e cartazes pedindo a "libertação" dos territórios palestinos.

"É essencial que o governo britânico tome medidas imediatas", disseram os organizadores, entre eles a coalizão Stop the War, a associação muçulmana do Reino Unido, a organização Palestine Solidarity Campaign e a Campanha pelo Desarmamento Nuclear.

"Não deve mais permitir que a violência brutal contra o povo palestino e sua opressão por Israel fiquem impunes", acrescentaram, denunciando os ataques que mataram civis em Gaza como "crimes de guerra".

"O governo britânico é cúmplice desses atos, uma vez que oferece apoio militar, diplomático e financeiro a Israel", disseram os organizadores.

Já em Madri, cerca de 2.500 pessoas protestaram no centro em apoio à causa palestina. "O silêncio de uns é o sofrimento de outros", "Jerusalém, a capital eterna da Palestina", diziam as faixas e cartazes dos manifestantes, entre os quais um grande número de mulheres jovens.

"Não é uma guerra, é um genocídio!", gritavam, subindo da estação Atocha à praça do Sol. Muitos jovens estavam envolvidos em bandeiras palestinas.

"Eles estão nos massacrando. Estamos em uma situação em que a Naqba (a 'catástrofe' em árabe) continua em pleno século XXI", denunciou Amira Cheikh-Ali, de 37 anos, filha de refugiados palestinos, usando o termo para se referir ao êxodo dos palestinos após a criação do Estado de Israel em maio de 1948.

Estas manifestações são organizadas tendo como pano de fundo uma escalada militar nos últimos dias, sem precedentes desde 2014, entre Israel e o movimento palestino Hamas, dentro e ao redor da Faixa de Gaza, e violência em cidades mistas israelenses de árabes e judeus.

Apesar dos esforços diplomáticos para encerrar o conflito, a Força Aérea israelense bombardeou vários locais no enclave costeiro durante a noite de sexta-feira e neste sábado, enquanto cerca de 300 foguetes foram lançados de Gaza para Israel, de acordo com o Exército.

O último balanço fornecido pelas autoridades palestinas reporta 139 mortos, incluindo 39 crianças, e 1.000 feridos nos bombardeios israelenses na Faixa de Gaza desde segunda-feira.

Em Israel, mais de 2.300 foguetes foram lançados em território israelense desde segunda-feira, matando 10 pessoas, incluindo uma criança e um soldado, e ferindo mais de 560, de acordo com os serviços de emergência.