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China critica 'história sombria' dos serviços de Inteligência dos EUA

Bandeiras dos EUA e da China em Xangai; origem do coronavírus volta a opor os países  - Aly Song
Bandeiras dos EUA e da China em Xangai; origem do coronavírus volta a opor os países Imagem: Aly Song

27/05/2021 06h38Atualizada em 27/05/2021 07h02

A China criticou hoje o que chamou de "história sombria" dos serviços de Inteligência dos Estados Unidos, depois que o presidente Joe Biden ordenou que investigassem as origens da covid-19.

Rejeitando a necessidade de uma nova investigação sobre a pandemia, o porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores, Zhao Lijian, disse hoje que "os motivos e propósitos do governo Biden são claros".

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"O mundo conhece há muito a história sombria dos serviços de Inteligência americanos", disse Zhao Lijian, referindo-se às infundadas alegações dos Estados Unidos sobre armas de destruição em massa que justificaram sua invasão do Iraque.

Ontem, o presidente Biden ordenou às agências de Inteligência que o informem nos próximos três meses se a origem da covid-19 na China foi devido a um animal, ou a um acidente de laboratório.

Inicialmente descartada como "muito improvável" por uma missão da OMS (Organização Mundial da Saúde) que visitou a China, a hipótese de que o vírus tenha saído de um laboratório voltou à tona nos últimos dias.

Os primeiros casos de covid-19 foram identificados no final de 2019 na metrópole chinesa de Wuhan, antes de o vírus se espalhar pelo mundo e deixar mais de 3,5 milhões de mortos.

As autoridades chinesas sempre negaram a tese de que o coronavírus surgiu em um laboratório, mais especificamente no Instituto de Virologia de Wuhan, algo apontado de forma direta pelo então presidente americano Donald Trump.

Nesta semana, uma matéria do jornal americano The Wall Street Journal (WSJ) reacendeu essa hipótese, e os pedidos de investigação profunda se multiplicam, inclusive na comunidade científica.