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Putin quer discutir direitos humanos e ataque ao Capitólio com Biden

Comentários foram feitos após Biden prometer dizer a Putin que os EUA "não ficarão de braços cruzados" perante violações aos direitos humanos - Alexander Nemenov/AFP
Comentários foram feitos após Biden prometer dizer a Putin que os EUA "não ficarão de braços cruzados" perante violações aos direitos humanos Imagem: Alexander Nemenov/AFP

Em Moscou (Rússia)

31/05/2021 12h18Atualizada em 31/05/2021 12h44

A Rússia afirmou hoje que quer abordar, na primeira reunião em 16 de junho entre Vladimir Putin e Joe Biden, assuntos como os direitos humanos e o julgamento dos promotores do ataque ao Capitólio, em 6 de janeiro.

"Estamos preparados para discutir e não temos assuntos tabus. Falaremos do que consideramos pertinente e estaremos prontos para responder qualquer pergunta da parte americana. Isso envolve também os direitos humanos", afirmou em coletiva de imprensa o chefe das Relações Exteriores russo, Serguéi Lavrov.

Afirmou também que seu governo está disposto a discutir "os problemas que existem nos Estados Unidos", e disse estar "muito interessado no julgamento dos acusados pelos distúrbios de 6 de janeiro", quando militantes pró-Trump desencadearam uma invasão violenta ao Capitólio em Washington.

Nos Estados Unidos, "estão acontecendo muitas coisas realmente interessantes, inclusive a partir de uma perspectiva dos direitos humanos, dos direitos da oposição, e da proteção desta oposição", respondeu Lavrov à pergunta de um jornalista sobre se Moscou estava preparada para abordar a situação da oposição e os direitos humanos na Rússia, durante a conversa entre Putin e Biden.

Esses comentários ocorrem depois que Biden prometeu, ontem, dizer a Putin que os Estados Unidos não "ficarão de braços cruzados enquanto" a Rússia "viola" os direitos humanos.

As relações entre Rússia e Estados Unidos estão em seu nível mais baixo, devido aos grandes desacordos sobre os mais transcendentes assuntos internacionais, expulsões cruzadas de diplomatas, acusações de interferência eleitoral, espionagem e inclusive ciberataques atribuídos a Moscou.