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Trump se reunirá com seguidores em Ohio, em tom de revanche

Da AFP, em Wellington

26/06/2021 12h15

Pensando na eleição de 2024, o ex-presidente americano Donald Trump se reunirá com seguidores em Ohio neste sábado (26), em seu primeiro grande comício desde que deixou a Casa Branca, em apoio a um candidato republicano ao Congresso.

Sem acesso às redes sociais depois que divulgou notícias falsas e de estimular o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro, Trump fez dois importantes discursos públicos desde que deixou Washington há cinco meses.

Mas o ambiente rígido dos salões conservadores não se parecia em nada com a atmosfera superexcitada de seus famosos comícios ao ar livre.

Em Wellington, perto de Cleveland, o ex-presidente vai subir no palanque por volta das 19h (20h de Brasília). Alguns seguidores estão acampados há vários dias no local.

Bonés de Trump, camisas e bandeiras com sua imagem: a pequena cidade se parece com todos os lugares visitados pelo empresário durante suas duas campanhas presidenciais, em 2016 e 2020.

O ex-presidente retomou e alterou seu famoso slogan: "Make America great again, again!" ("Faça a América grande de novo, de novo!").

O republicano, de 75 anos, não reconheceu a vitória do democrata Joe Biden. Ele repete suas alegações de suposta fraude eleitoral, apesar da rejeição de suas denúncias nos tribunais, inclusive por juízes que ele mesmo nomeou.

Ele deve repetir as acusações infundadas neste sábado e voltar a criticar o início de mandato de Biden.

O comício será organizado em apoio a um ex-assessor de Trump, Max Miller, que enfrenta um republicano com cadeira na Câmara de Representantes, Anthony González.

Este último, que representa Ohio, foi um dos 10 republicanos da Câmara - de um total de 211 - que votou a favor da destituição de Trump durante seu julgamento político por "estímulo à insurreição".

Acusado de ter estimulado seus partidários a invadir o Capitólio, onde os congressistas estavam reunidos para certificar a vitória de Joe Biden, o ex-presidente terminou absolvido em fevereiro no Senado, então controlado pelos republicanos.

Desde então, ele promete fazer o possível para que seus poucos críticos republicanos não sejam reeleitos.

Expulso das principais redes sociais, Twitter e Facebook, após o ataque ao Capitólio, ele continua sendo muito influente entre os republicanos, apesar do silêncio forçado.

E prometeu desempenhar um papel importante no apoio aos candidatos pró-Trump nas eleições de meio de mandato de novembro de 2022.