Ex-advogado de Trump tem registro suspenso por tribunal de Nova York (EUA)
Rudy Giuliani, ex-advogado pessoal do ex-presidente Donald Trump, foi suspenso provisoriamente de exercer a advocacia no estado de Nova York. A decisão, divulgada hoje, foi determinada pelo Tribunal de Apelação de Nova York após um processo disciplinar ser aberto contra o advogado por dar declarações falsas na campanha de 2020. Na ocasião, Trump disputava a presidência contra o democrata Joe Biden, que venceu a disputa.
De acordo com a CNN Internacional, o tribunal entendeu que "há evidências incontestáveis" de que o ex-advogado pessoal de Trump "comunicou declarações comprovadamente falsas e enganosas a tribunais, legisladores e ao público em geral na qualidade de advogado do ex-presidente Donald Trump e na Campanha de Trump em conexão com o esforço fracassado de Trump na reeleição em 2020".
Em uma decisão de 33 páginas, o tribunal declarou que a conduta de Giuliani ameaça "o interesse público e justifica a suspensão provisória da prática da lei". Segundo o jornal The New York Times, o ex-advogado estava à frente da iniciativa de contestação legal de Trump acerca do resultado das eleições de 2020, utilizando falsos argumentos de que a votação e as urnas eletrônicas foram fraudadas.
Além da suspensão em Nova York, Giuliani lida com processos disciplinares. Ainda na decisão, o tribunal declarou que as atitudes do ex-advogado de Trump foram "uma ameaça imediata" ao público e também é possível que ele enfrente outras "sanções permanentes" após a finalização do processo na justiça.
Por meio de comunicado, John Leventhal e Barry Kamins, advogados de Giuliani, comunicaram estar desapontados com a decisão ter sido proferida pelo tribunal antes de ser feita uma audiência sobre as alegações apontadas contra o cliente deles.
"Isso é sem precedentes, pois acreditamos que nosso cliente não representa um perigo atual para o interesse público. Acreditamos que, uma vez que as questões sejam totalmente exploradas em uma audiência, o Sr. Giuliani será reintegrado como um membro valioso da profissão jurídica que ele serviu tão bem em suas muitas funções por tantos anos", declararam os advogados de Giuliani.
A expectativa é que Giuliani — ou os seus advogados — compareça ao tribunal em Washington D.C na tarde de hoje em razão de um processo de difamação aberto pela empresa de gestão de votos Dominion Voting Systems, que processa o ex-advogado e outras pessoas por alegarem que a organização realizou fraude eleitoral.
Investigação
As conversas de Giuliani com a Ucrânia pouco antes das eleições, que tinham o objetivo de prejudicar a eleição de Biden, também estão sendo investigadas por procuradores federais em Manhattan. Em abril, o FBI (polícia federal norte-americana) apreendeu celulares e computadores de Giuliani.
Os promotores seguem investigando se Giuliani praticou lobby no governo Trump, em 2019, em nome de funcionários e oligarcas ucranianos que, em contraposição, o ajudavam a buscar informações comprometedoras de Biden e o filho dele. Giuliani nega que tenha realizado a prática ilegal.
Giuliani ganhou ascensão nacional quando foi prefeito da cidade de Nova York entre 1994 e 2001, período em que ocorreram os ataques terroristas contra as "Torres Gêmeas" em 11 de setembro de 2001.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.