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Ex-presidente dos EUA George W. Bush critica decisão de retirar tropas do Afeganistão

20 jan. 2021 - George W. Bush e sua mulher, Laura, na cerimônia de posse de Biden - Alex Wong/Getty Images
20 jan. 2021 - George W. Bush e sua mulher, Laura, na cerimônia de posse de Biden Imagem: Alex Wong/Getty Images

Da AFP, em Berlim

14/07/2021 09h57Atualizada em 14/07/2021 10h46

O ex-presidente dos Estados Unidos George W. Bush criticou, nesta quarta-feira (14), a retirada das tropas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) do Afeganistão.

Segundo ele, as consequências serão sofridas especialmente por "mulheres e meninas afegãs".

"Mulheres e meninas afegãs vão sofrer um dano indescritível. Elas serão abandonadas para serem sacrificadas por essas pessoas brutais, e isso parte meu coração", disse W. Bush em entrevista à rede alemã Deutsche Welle.

Quando a rede de televisão perguntou se ele considerava um erro, o ex-presidente disse: "Sim, eu penso isso, porque as consequências serão incrivelmente negativas."

O ex-presidente enviou tropas americanas para o Afeganistão em 2001, após os ataques do 11 de Setembro nos Estados Unidos.

Bush, que está na Alemanha para se reunir com a chanceler Angela Merkel, disse achar que a dirigente pensa da mesma forma e elogiou "sua dignidade". Em algumas semanas, Merkel deixará o cargo, após 16 anos como chanceler.

As tropas americanas e da OTAN começaram sua retirada do Afeganistão em maio e devem concluí-la até 11 de setembro.

Quando o processo de retirada das tropas começou, cerca de 2.500 soldados americanos e 7 mil de outros países estavam presentes no Afeganistão.

Sua saída do país põe fim a 20 anos de intervenção militar.

A retirada das tropas estrangeiras coincide com o avanço dos talibãs. Agora, eles ocupam grande parte do território afegão frente a um Exército local fraco e desorganizado, que se vê privado do essencial apoio aéreo do Exército americano.