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Inteligência dos EUA ainda não sabe a causa da 'síndrome de Havana'

Diplomatas americanos e suas famílias em Cuba se queixaram de hemorragias nasais, enxaquecas e náuseas depois de ouvirem sons penetrantes de madrugada - Brian Lawdermilk/Getty Images
Diplomatas americanos e suas famílias em Cuba se queixaram de hemorragias nasais, enxaquecas e náuseas depois de ouvirem sons penetrantes de madrugada Imagem: Brian Lawdermilk/Getty Images

Em Washington

09/08/2021 12h44

Os Estados Unidos ainda não têm certeza qual foi a causa da chamada "síndrome de Havana" que adoeceu diplomatas em vários países, disse a chefe de Inteligência, Avril Haines, hoje.

A diretora de Inteligência nacional afirmou em nota que convocou uma reunião com altos funcionários do gabinete e outros especialistas na sexta-feira passada para discutir o problema, o que gerou acusações não comprovadas de que russos ou outros usaram dispositivos sônicos ou outros aparelhos eletrônicos de alta intensidade para prejudicar fisicamente os diplomatas americanos em Cuba, China e outros países.

No entanto, cinco anos depois do primeiro caso em Havana, os médicos especialistas, a comunidade de Inteligência e os funcionários americanos ainda não sabem a causa dos "incidentes de saúde anômalos" (IAH) que afetaram os diplomatas americanos e suas famílias, informou Haines.

Na reunião foi acordado por unanimidade "que é uma prioridade máxima para identificar a causa dos IAH, fornecer o mais alto nível de atenção aos afetados e evitar que esses incidentes se repitam", disse a funcionária.

Este encontro do Conselho da Comunidade Conjunta de Inteligência incluiu os secretários da Defesa, Estado, Tesouro, Energia e Segurança Interna e o Procurador-Geral.

Os diplomatas afetados por este mal acusaram o governo nos últimos anos de não trabalhar o suficiente para identificar a causa ou fonte de seus sintomas.

O problema surgiu em 2016, quando diplomatas americanos e suas famílias em Cuba se queixaram de hemorragias nasais, enxaquecas e náuseas depois de ouvirem sons penetrantes de madrugada. Isso fez com que Estados Unidos retirassem a maioria de sua equipe de lá e emitissem alertas de viagem aos seus cidadãos.

Desde então, queixas semelhantes de funcionários dos EUA foram registradas na China, Rússia e dentro dos Estados Unidos.

Em julho, a revista The New Yorker informou que desde que o presidente democrata Joe Biden assumiu o cargo este ano, cerca de 24 oficiais da Inteligência, diplomatas e outros funcionários do governo na Áustria informaram problemas semelhantes à "síndrome de Havana".