Investigação sobre origens da covid 'está em ponto morto', lamentam especialistas
A investigação sobre as origens da covid-19 "está em ponto morto" e é urgente retomá-la, pois quanto mais o tempo passa, mais difícil será concluí-la, alertaram especialistas nesta quarta-feira (25) em um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS).
"A investigação sobre as origens do vírus SARS-CoV-2 está em um momento crítico" e "a janela para realizar essa pesquisa crucial está se fechando rapidamente", explicaram eles em uma publicação da revista Nature.
"Os anticorpos diminuem com o tempo: coletar amostras (animais) e fazer diagnósticos com pessoas que poderiam ter sido expostas (ao vírus) antes de dezembro de 2019 dará cada vez menos resultados", alertaram.
Os autores do artigo enviaram um relatório sobre as origens da covid à OMS em março.
"Nosso relatório (...) estava destinado a ser a primeira etapa de um processo que atualmente está em ponto morto", lamentam os onze cientistas, entre eles a holandesa Marion Koopmans, o britânico Peter Daszak, o vietnamita Hung Nguyen-Viet e o catariano Farag El Moubasher.
Esses cientistas fizeram parte da equipe de 17 especialistas internacionais e 17 chineses que elaboraram o relatório em março, depois de visitar em janeiro o laboratório chinês em Wuhan, onde a pandemia começou oficialmente.
"A equipe chinesa esteve e continua relutante em compartilhar dados brutos" desde o início da pandemia, especialmente os primeiros 174 casos identificados em dezembro de 2019, comentaram os especialistas.
A China recusou em 13 de agosto o pedido da OMS de uma nova investigação em Wuhan.
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