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Centenas de indianos desafiam toque de recolher após morte de civis pelo exército

06.dez.21 - Pessoas comparecem a um funeral em massa de civis mortos por engano pelas forças de segurança, no distrito de Mon, nordeste da Índia - STRINGER/REUTERS
06.dez.21 - Pessoas comparecem a um funeral em massa de civis mortos por engano pelas forças de segurança, no distrito de Mon, nordeste da Índia Imagem: STRINGER/REUTERS

06/12/2021 10h09Atualizada em 06/12/2021 11h39

Centenas de pessoas desafiaram, nesta segunda-feira (6), no estado indiano de Nagaland o toque de recolher para comparecerem ao funeral de vários civis mortos por disparos do exército em uma operação de segurança.

O principal ministro de Nagaland, Neiphiu Rio, se juntou posteriormente às famílias e culpou o exército pelas mortes, ordenando uma investigação.

Nesta segunda-feira houve protestos em todo o estado, um dia após uma marcha para homenagear as vítimas em Kohima, a capital estadual.

Uma fonte policial declarou à AFP que a situação era "tensa, mas está controlada".

Nagaland e outros estados do nordeste da Índia viveram décadas de distúrbios entre diferentes grupos étnicos e separatistas.

A região abriga dezenas de grupos tribais e pequenos grupos rebeldes cujas demandas vão desde uma maior autonomia até a secessão.

No sábado, em Oting, no distrito de Mon, fronteiriço com Mianmar, um comando militar de elite, que esperava os insurgentes, matou seis mineradores por engano.

Segundo o exército indiano, a emboscada se baseou em "informações credíveis" sobre um grupo insurgente armado que se movia pela área.

Outros oito civis morreram mais tarde depois que uma multidão enfurecida atacou violentamente os soldados.

Nesses incidentes também morreu um soldado e um veículo militar foi incendiado.

As autoridades impuseram um toque de recolher e cortaram a internet.