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Biden descarta intenção de enviar tropas dos EUA ou da Otan à Ucrânia

O presidente Joe Biden, na Casa Branca, em Washington, nos EUA - Kevin Lamarque/Reuters
O presidente Joe Biden, na Casa Branca, em Washington, nos EUA Imagem: Kevin Lamarque/Reuters

Da AFP, em Washington (EUA)*

25/01/2022 16h37

O presidente americano, Joe Biden, disse nesta terça-feira (25) que "não há intenção" de enviar tropas dos Estados Unidos à Ucrânia, mas voltou a advertir a Rússia para o risco de enfrentar sanções severas se ordenar um ataque àquele país.

Questionado por jornalistas se consideraria impor sanções econômicas pessoais ao presidente russo, Vladimir Putin, caso ele ordene um novo ataque à Ucrânia, Biden respondeu: "Sim, eu veria isso".

A ideia de que os Estados Unidos vão usar unilateralmente a força para enfrentar a Rússia se este país invadir a Ucrânia não está sobre a mesa agora. Presidente Joe Biden

Biden recordou ainda que os EUA têm uma "obrigação sagrada" de ajudar militarmente os seus aliados da Otan caso sejam atacados, mas que este compromisso "não se estende" à Ucrânia, que não é membro da aliança.

O Ocidente vê o envio das tropas russas para a fronteira ucraniana como preparação para uma guerra com o intuito de evitar que a Ucrânia entre para a Otan. Moscou nega a intenção de iniciar uma ofensiva, mas exige garantias de que a aliança militar se comprometa com a não adesão da Ucrânia e em reduzir sua presença no Leste Europeu.

Em contrapartida, os Estados Unidos seguem aumentando a pressão sobre a Rússia, na esperança de dissuadi-la a atacar a Ucrânia, e colocaram milhares de soldados americanos de prontidão.

O porta-voz do Pentágono, John Kirby, por exemplo, havia dito ontem que os 8.500 militares norte-americanos estavam sendo notificados sobre as ordens de prontidão para que pudessem integrar as fileiras de resposta rápida da Otan, caso a aliança os chamem para a missão.

Já as forças armadas russas lançaram uma nova série de exercícios perto da Ucrânia e na Crimeia anexada hoje.

*Com informações das agências AFP, EFE, Reuters e Deutsche Welle