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Alerta de bomba feito por Belarus para desviar avião no ano passado era 'falso', diz ONU

Avião da Ryanair foi forçado a aterrissar em Minsk - Tony Gentile/Reuters
Avião da Ryanair foi forçado a aterrissar em Minsk Imagem: Tony Gentile/Reuters

Da AFP

28/01/2022 06h33Atualizada em 28/01/2022 07h42

Era "deliberadamente falso" o alerta de bomba que, no ano passado, forçou o desvio de um voo da Ryanair para Belarus e um jornalista dissidente foi preso — disseram investigadores da ONU em um relatório.

O avião, que cobria o trajeto Grécia-Lituânia em 23 de maio de 2021, foi forçado a aterrissar em Minsk. Assim que a aeronave pousou, as autoridades bielorrussas prenderam o jornalista Román Protasevich e sua companheira, Sofia Sapega.

No início deste mês, a Organização Internacional de Aviação Civil (OACI) concluiu um relatório sobre o incidente, ao qual a AFP teve acesso e que será apresentado na segunda-feira (31).

As autoridades bielorrussas, incluindo o presidente Alexander Lukashenko, disseram que o avião teve de ser desviado, devido a uma ameaça de bomba a bordo.

De acordo com o documento, o avião foi revistado antes da decolagem e após sua aterrissagem, mas nenhuma bomba foi encontrada.

A investigação observa, contudo, que "não foi capaz de atribuir a execução deste ato de interferência ilegal a qualquer indivíduo, ou Estado".

O documento afirma que Belarus oculta informações cruciais e que não conseguiu explicar algumas inconsistências sobre o ocorrido.

O texto também relata os diálogos entre a torre de controle de aviões de Minsk e os pilotos. Neles, a tripulação se mostra confusa e cética, diante das respostas evasivas do aeroporto bielorrusso.