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Macron ficou a 6 m de Putin em reunião após francês se recusar a fazer teste de covid, diz Rússia

07.fev.22 - O presidente russo Vladimir Putin participa de uma reunião com o presidente francês Emmanuel Macron em Moscou, Rússia - SPUTNIK/via REUTERS
07.fev.22 - O presidente russo Vladimir Putin participa de uma reunião com o presidente francês Emmanuel Macron em Moscou, Rússia Imagem: SPUTNIK/via REUTERS

Da AFP

11/02/2022 09h34Atualizada em 11/02/2022 09h54

A Rússia disse nesta sexta-feira (11) que o presidente da França, Emmanuel Macron, manteve distância de seu homólogo russo em seu encontro sobre a crise na Ucrânia, devido ao fato de o presidente francês ter se negado a fazer um teste de covid no Kremlin.

As imagens divulgadas nesta segunda-feira de Emmanuel Macron e Vladimir Putin sentados cada um de um lado de uma mesa branca de seis metros geraram uma avalanche de comentários e muitos apontaram a frieza mostrada nas imagens.

Na internet, a foto divulgada no encontro gerou uma chuva de piadas de comparações com a distância mantida em outros encontros com dignatários estrangeiros, como o presidente argentino Alberto Fernández e o presidente do Cazaquistão, Kassym Jomart Tokayev.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, indicou que a decisão de usar essa mesa foi pelo fato de o líder francês ter se negado a fazer um teste PCR na presidência russa.

"As negociações com alguns acontecem em uma mesa longa, a distância (da mesa) é de cerca de seis metros", declarou o porta-voz, respondendo a pergunta de um jornalista.

"Isso se deve ao fato de alguns seguirem suas próprias regras, não cooperam com o anfitrião", disse o funcionário nesta sexta-feira.

O porta-voz negou um pano de fundo político.

"Isso não é política e não interfere de forma alguma nas negociações", afirmou Peskov.

A presidência francesa justificou que as condições protocolares para um encontro entre os dois chefes de Estado com um distanciamento menor, com um contato que incluia um aperto de mãos e uma mesa menor, não lhes pareceu aceitável e compatível com as limitações da agenda.

"Escolhemos a outra opção proposta pelo protocolo russo", explicou o entorno do presidente francês, que chegou em Moscou para conversar com Putin na tarde de segunda-feira.