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Otan leva 'muito a sério' resposta às ameaças russas, diz ministro britânico

Ben Wallace, ministro da Defesa do Reino Unido - Russian Defence Ministry/via REUTERS
Ben Wallace, ministro da Defesa do Reino Unido Imagem: Russian Defence Ministry/via REUTERS

Da AFP

17/02/2022 12h25Atualizada em 17/02/2022 13h49

O ministro da Defesa do Reino Unido, Ben Wallace, alertou nesta quinta-feira (17) que a Otanleva "muito a sério" a ameaça representada pela Rússia e que, portanto, a aliança militar transatlântica continuará a fortalecer seu flanco leste.

"Levamos muito a sério como vamos enfrentar a ameaça que se apresenta atualmente tanto à Ucrânia quanto potencialmente à nossa segurança", disse Wallace, em Bruxelas, antes de um diálogo de ministros da Defesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) com seus colegas da Ucrânia e da Geórgia.

"Isso não é uma brincadeira, ou um assunto leve. Este é um verdadeiro desafio para a estabilidade da Europa. E uma das maneiras que podemos nos assegurar de que não haja um transbordamento da situação, ou uma escalada é oferecer resiliência aos nossos parceiros na OTAN. É o que todos nós estamos fazendo", declarou.

Na quarta-feira, a aliança militar pediu a seus comandantes militares a preparação de planos para o envio de mais forças para os países associados na Europa Oriental, em meio à contínua tensão pelos temores ocidentais de uma invasão russa da Ucrânia.

Wallace reiterou a acusação lançada pela OTAN, segundo a qual a Rússia estaria mantendo a concentração e a mobilização de tropas ao longo da sua fronteira com a Ucrânia, apesar de seus anúncios da retirada de parte dessas forças.

"Acho que vimos o oposto de algumas das declarações. Vimos um aumento de tropas nas últimas 48 horas", incluindo a construção de uma ponte "de Belarus para a Ucrânia, ou perto da Ucrânia", afirmou o ministro britânico.

Os países da OTAN já começaram a enviar reforços em tropas e armas para seu flanco leste. Os Estados Unidos, por exemplo, anunciaram o envio temporário de cerca de 4.700 soldados adicionais para a Polônia.

Nesse sentido, Wallace anunciou que o Reino Unido colocará cerca de 1.000 soldados prontos para agir e estuda dobrar sua contribuição para as forças da OTAN na Estônia.

O primeiro-ministro britânico Boris Johnson acusou nesta quinta-feira a Rússia de querer "desacreditar" Kiev para justificar uma invasão, depois que uma escola infantil foi atingida por um obus no leste da Ucrânia.

"Uma escola infantil foi bombardeada em (...) uma operação (...) concebida para desacreditar os ucranianos, concebida como um pretexto, uma provocação falaciosa que justifique uma ação russa", afirmou Johnson durante uma visita a uma base militar na Inglaterra.