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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Exército russo diz que civis ucranianos podem sair 'livremente' de Kiev

Soldado ucraniano fala em um smartphone em frente a um prédio residencial danificado em um subúrbio da capital ucraniana Kiev, atingido por um projétil militar russo - Daniel Leal/AFP
Soldado ucraniano fala em um smartphone em frente a um prédio residencial danificado em um subúrbio da capital ucraniana Kiev, atingido por um projétil militar russo Imagem: Daniel Leal/AFP

AFP, Moscou

28/02/2022 06h07

O exército da Rússia afirmou hoje que os civis podem partir "livremente" de Kiev e acusou o governo ucraniano de utilizá-los como escudos humanos, no quinto dia da invasão russa do país.

"Todos os civis da cidade podem deixar a capital ucraniana livremente pela estrada Kiev-Vasylkiv", ao sudoeste de Kiev, afirmou o porta-voz do ministério russo da Defesa, Igor Konashenkov.

O porta-voz acusou as autoridades de Kiev de utilizar os civis como "escudos humanos" diante das tropas russas. De acordo com ele, a cidade está nas mãos de "saqueadores, ladrões e nacionalistas", que foram armados pelas autoridades.

Mapa Rússia invade a Ucrânia - 26.02.2022 - Arte UOL - Arte UOL
Imagem: Arte UOL

As autoridades ucranianas afirmaram nos últimos dias que combateram várias unidades avançadas na capital e as expulsaram. Segundo comunicado de hoje da manhã das Forças Armadas da Ucrânia, a Rússia diminuiu o ritmo da invasão. "O inimigo está desmoralizado e sofre muitas perdas", diz a nota.

Konashenkov também reivindicou a "supremacia aérea" em toda a Ucrânia, após a destruição dos sistemas ucranianos Buk M-1, S-300 e cinco aviões de combate.

Confirmando a tomada de controle por parte de Moscou da cidade de Berdyansk, no sul da Ucrânia - já anunciada pelas autoridades ucranianas -, Konashenkov afirmou que a Rússia também "controla totalmente a área ao redor da usina nuclear de Zaporizhzhia", no sudeste.

Ao mesmo tempo, o negociador russo e conselheiro do Kremlin, Vladimir Medinski, declarou que Moscou quer alcançar um "acordo" com Kiev nas negociações previstas para hoje. O encontro deve ocorrer por volta das 12h (7h, no horário de Brasília).

"Cada hora que o conflito de prolonga, cidadãos e soldados ucranianos morrem. Nós nos propusemos a chegar a um acordo, mas tem que ser do interesse das duas partes", declarou Medinski à televisão russa, antes das negociações previstas para acontecer em Belarus, perto da fronteira ucraniana.