Exército russo diz que civis ucranianos podem sair 'livremente' de Kiev
O exército da Rússia afirmou hoje que os civis podem partir "livremente" de Kiev e acusou o governo ucraniano de utilizá-los como escudos humanos, no quinto dia da invasão russa do país.
"Todos os civis da cidade podem deixar a capital ucraniana livremente pela estrada Kiev-Vasylkiv", ao sudoeste de Kiev, afirmou o porta-voz do ministério russo da Defesa, Igor Konashenkov.
O porta-voz acusou as autoridades de Kiev de utilizar os civis como "escudos humanos" diante das tropas russas. De acordo com ele, a cidade está nas mãos de "saqueadores, ladrões e nacionalistas", que foram armados pelas autoridades.
As autoridades ucranianas afirmaram nos últimos dias que combateram várias unidades avançadas na capital e as expulsaram. Segundo comunicado de hoje da manhã das Forças Armadas da Ucrânia, a Rússia diminuiu o ritmo da invasão. "O inimigo está desmoralizado e sofre muitas perdas", diz a nota.
Konashenkov também reivindicou a "supremacia aérea" em toda a Ucrânia, após a destruição dos sistemas ucranianos Buk M-1, S-300 e cinco aviões de combate.
Confirmando a tomada de controle por parte de Moscou da cidade de Berdyansk, no sul da Ucrânia - já anunciada pelas autoridades ucranianas -, Konashenkov afirmou que a Rússia também "controla totalmente a área ao redor da usina nuclear de Zaporizhzhia", no sudeste.
Ao mesmo tempo, o negociador russo e conselheiro do Kremlin, Vladimir Medinski, declarou que Moscou quer alcançar um "acordo" com Kiev nas negociações previstas para hoje. O encontro deve ocorrer por volta das 12h (7h, no horário de Brasília).
"Cada hora que o conflito de prolonga, cidadãos e soldados ucranianos morrem. Nós nos propusemos a chegar a um acordo, mas tem que ser do interesse das duas partes", declarou Medinski à televisão russa, antes das negociações previstas para acontecer em Belarus, perto da fronteira ucraniana.
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