Estados Unidos se comprometem a oferecer mais ajuda a refugiados ucranianos
O secretário de Estado americano, Antony Blinken, visitou neste sábado (5) a fronteira da Polônia com a Ucrânia e informou que os Estados Unidos preveem adiantar outros US$ 2,75 bilhões para fazer frente à crise humanitária diante da chegada de refugiados ucranianos.
Na visita, Blinken se encontrou com o chanceler ucraniano, Dmytro Kuleba, por 45 minutos, sob forte segurança, em um ponto de fronteira por onde passam milhares de refugiados e discutiram o envio de armas para a Ucrânia e mecanismos para aumentar a pressão sobre Moscou.
Entre os assuntos, os dois discutiram o fornecimento de armas à Ucrânia e a campanha para isolar a Rússia internacionalmente e danificar sua economia com sanções, disse Kuleba.
O chanceler ucraniano disse que a Ucrânia vencerá a guerra, mas que o país precisa de mais ajuda de seus apoiadores internacionais para acabar com ela mais rapidamente.
"O povo polonês sabe o quão importante é defender a liberdade", frisou Blinken após outro encontro, com o ministro de Relações Exteriores da Polônia, Zbigniew Rau, em Rzeszow, também perto da fronteira com a Ucrânia.
Blinken visitou um centro na fronteira da Polônia com a Ucrânia que abriga quase 3.000 refugiados. "A Polônia está realizando um trabalho vital em resposta a esta crise", afirmou.
O secretário de Estado americano destacou que Washington pretende liberar mais US$ 2,75 bilhões de dólares para ajudar as pessoas que fogem da Ucrânia e os países que as recebem desde o início da ofensiva russa, em 24 de fevereiro.
Já o ministro de Relações Exteriores da Polônia, Zbigniew Rau, por sua vez, afirmou que a Polônia seguirá aberta a todos os que fogem da invasão russa. "A agressão russa na Ucrânia provocou uma crise humanitária de proporções inimagináveis", disse o ministro polonês.
O ministro também se comprometeu a não discriminar os refugiados de distintas nacionalidades, depois que vieram à tona relatos de que pessoas negras, a maioria africanos, tiveram problemas na fronteira com a Polônia. Além disso, acusou as forças russas de cometerem "crimes de guerra" ao bombardear áreas residenciais.
Desde 24 de fevereiro, mais de 827.000 pessoas fugiram da Ucrânia para se refugiar na Polônia, de acordo com os guardas de fronteira.
O primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawiecki, pediu sanções mais duras contra a Rússia e que todos os bancos russos sejam excluídos do sistema de intercâmbio bancário Swift.
Blinken, que chegou à Polônia neste sábado, também visitará Moldávia, Lituânia, Letônia e Estônia para mostrar o apoio de Washington e fortalecer a união do Ocidente contra Moscou.
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